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Onde investir? BTG Pactual (BPAC11) muda carteira de FIIs e diminui posição em lajes corporativas

Segundo os analistas do maior banco de investimento da América Latina, os ajustes têm o objetivo de aumentar a posição em fundos que possuem potencial de gerar maiores dividendos ao longo de 2023.

São Paulo: cidade ficou em uma das últimas posições do ranking (Germano Lüders/Exame)

São Paulo: cidade ficou em uma das últimas posições do ranking (Germano Lüders/Exame)

O BTG Pactual (BPAC11) divulgou a sua carteira recomendada de fundos imobiliários para o mês de fevereiro sem alteração de ativos, mas com ajustes em posições. As alterações feitas pelos analistas do banco para fevereiro foram: a saída parcial de HGRE11 (2,0%), BRCR11 (2,0%) e RCRB11 (1,5%); e o aumento de posição em KNSC11 (4,0%) e JSRE11 (1,5%).

“As movimentações visam refletir o cenário de lenta recuperação dos fundos de lajes corporativas, bem como elevar o carrego da carteira aumentando a posição em fundos que possuem potencial de maiores dividendos ao longo de 2023. Sobre nosso aumento de posição em KNSC11, entendemos que o fundo se encontra muito bem posicionado para retomar os dividendos competitivos que vinha entregando antes da deflação ocorrida no segundo semestre de 2022”, explica o relatório assinado por Daniel Marinelli e Matheus Oliveira, analistas do BTG Pactual.

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Cenário econômico

Em um mês misto em termos de indicadores econômicos, os analistas apontam como destaque o resultado do payroll (indicador de criação de empregos na economia americana), que indicou a criação de 223 mil vagas, acima das expectativas do mercado (202 mil), reforçando que a economia segue em processo de expansão,

No cenário doméstico, os principais destaques foram as implicações da aprovação da PEC da Transição no final de 2022. “Após a definição do aumento dos gastos públicos, as atenções do mercado seguem agora as negociações políticas em torno da definição das novas regras a serem adotadas em substituição ao teto de gastos”, afirma o relatório.

Com objetivo de sinalizar um cenário fiscal mais equilibrado, o governo também divulgou um conjunto de medidas que visam arrecadar cerca de R$ 243 bilhões para reduzir o déficit primário dos próximos anos e compensar os gastos gerados pela PEC da Transição.

Mudanças na carteira

No relatório completo, os analistas explicam em detalhes o que motivou a diminuição da alocação em ativos do segmento de lajes corporativas (como HGRE11,  RCRB11 e BRCR11):

“Nossa opção por diminuir a alocação em lajes corporativas se deu pelo fato de os resultados do 4T22 sugerirem que o processo de recuperação do mercado corporativo segue em ritmo ainda lento. Dado o contexto econômico atual, entendemos que esse ritmo deve prevalecer ao longo dos primeiros meses de 2023. Assim, as alterações visam posicionar a carteira de forma a priorizar renda e liquidez, fatores que proporcionam maior flexibilidade para a carteira quando acharmos ser o momento ideal para realizar a virada de chave de FIIs de papel para FIIs de tijolo”.

Em relação ao motivo pelo qual o segmento de tijolo foi impactado, os analistas do BTG Pactual explicam: “O segmento de tijolo foi novamente impactado em razão das incertezas macroeconômicas e políticas, bem como os desdobramentos sobre o caso da Americanas.”

Sobre o impacto do caso Americanas na performance dos ativos, eles ainda completam: “A empresa é inquilina de diversos galpões logísticos em determinados fundos, o que, associado à falta de previsibilidade quanto ao pagamento dos aluguéis, impactou negativamente o preço das cotas desses FIIs no mercado secundário”. 

Dentro da carteira recomendada, no entanto, apenas BRCO11 possui exposição à Americanas com pequena participação da receita (3,6%) e, portanto, impacta de forma marginal na distribuição de dividendos.

Como é composta a carteira recomendada de FIIs do BTG Pactual (BPAC11) para fevereiro

A carteira recomendada de FIIs do BTG Pactual para o mês de fevereiro é composta por 15 ativos, divididos entre 5 segmentos: recebíveis (61,5%), lajes corporativas (17,5%), galpões logísticos (16%), híbridos (6%) e agro (2,5%).

Em conjunto, os fundos apresentam o dividend yield anualizado de 11,5% e o dividend yield para os próximos 12 meses de 12,1%, enquanto as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 14% em relação aos seus valores patrimoniais.

Em termos de liquidez, a carteira de FIIs possui o volume médio diário de negociação de aproximadamente R$ 4,6 milhões. 

Confira os ativos que compõem a carteira recomendada de fundos imobiliários de fevereiro:

BTCI11 (12,5%)

RBRR11 (6,0%)

KNCR11 (19,0%)

CPTS11 (12,5%)

HGCR11 (5,0%)

KNSC11 (6,5%)

VILG11 (7,5%)

HSLG11 (6,0%)

BRCO11 (2,5%)

RBRP11 (2,5%)

BRCR11 (6,0%)

RCRB11 (1,5%)

HGRE11 (6,0%)

JSRE11 (4,0%)

BTRA11 (2,5%)

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