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Oi (OIBR3) busca proteção contra credores antes de pagamento de dívida

A empresa, que passou por uma das maiores reestruturações corporativas da história do Brasil – iniciada em 2016 e encerrada apenas no ano passado – disse que precisa de ajuda urgente para se defender dos credores

Oi: divergências sobre o valor dos ativos tornaram negociação conturbada em 2022 (SOPA Images/Getty Images)
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Bloomberg

Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 09h27.

A Oi SA(OIBR3), operadora de telecomunicações, pediu a um tribunal para protegê-la dos credores antes do pagamento de uma grande dívida, o que pode levar a um segundo processo de recuperação judicial em sete anos.

A empresa, que passou por uma das maiores reestruturações corporativas da história do Brasil – iniciada em 2016 e encerrada apenas no ano passado – disse que precisa de ajuda urgente para se defender dos credores, de acordo com um documento enviado a um tribunal do Rio de Janeiro e visto pela Bloomberg News. A Oi disse que atualmente tem cerca de R$ 29 bilhões (US$ 5,7 bilhões) em dívidas, metade denominada em dólares.

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Com R$ 600 milhões vencendo em 5 de fevereiro, a empresa disse que as negociações recentes com detentores de títulos não resultaram em um acordo e, portanto, precisa de proteção para evitar uma aceleração de seus passivos.

“Infelizmente, diversos fatores imprevisíveis, não controláveis, e a sua situação econômico-financeira atual tornaram imprescindível recorrer à proteção judicial para implementar nova etapa de sua reestruturação e garantir a preservação da empresa, enquanto grande geradora de empregos e renda”, disse a empresa.

A Oi não respondeu a um pedido de comentário fora do horário comercial. O Valor Econômico trouxe a informação nesta quarta-feira. A empresa disse em um apresentação no final de dezembro que estava em negociações com os credores para atender às necessidades de financiamento de curto prazo.

A decisão da Oi ocorre quase duas semanas depois que a Americanas SA, uma das varejistas mais emblemáticas do Brasil, entrou com pedido de recuperação judicial devido a um grande erro contábil que dobrou sua dívida. A ação judicial da Oi, elaborada pelo mesmo escritório de advocacia da Americanas, menciona a medida que foi concedida à varejista para afastar credores e tentar preservar a liquidez.

Outros fatores mencionados no documento incluem um aumento repentino nas taxas de juros no Brasil e uma perda contínua de clientes de telefonia fixa nos últimos anos.

As ações da empresa caíram 77% nos últimos 12 meses, para R$ 2,4, com um valor de mercado atual de R$ 1,6 bilhão. Os títulos da Oi com vencimento em 2025 são negociados a apenas 11 centavos de dólar, segundo dados compilados pela Bloomberg.

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