Mercados

O que esperar do mercado após o QE3

Investidores irão adicionar mais risco às suas carteiras e Ibovespa deve atingir sua máxima do ano


	A expectativa é de que o Ibovespa atinja sua máxima do ano nos próximos meses
 (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

A expectativa é de que o Ibovespa atinja sua máxima do ano nos próximos meses (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 12h43.

São Paulo - Tudo o que o mercado queria era o anúncio de medidas de estímulo financeiro. Depois que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), resolveu cumprir sua promessa de fazer tudo o que fosse preciso para salvar o euro, todas as atenções se voltaram a Ben Bernanke e o Comitê de Políticas Monetárias americano. O tão aguardado “quantitative easing 3” veio e sob condições não esperadas. Bernanke atrelou o fim da injeção de 40 bilhões de dólares no mercado de títulos lastreados em hipoteca a uma clara recuperação da economia.

Para Carlos Sequeira, analista do BTG Pactual, os investidores agora vão buscar adicionar mais risco em suas carteiras e usarão o Brasil para isso. Setores como de construtoras e de ações (como a BVMF) devem receber mais atenção. Além disso, o analista destaca que os estímulos financeiros devem continuar a elevar os preços de ações relacionadas a commodities, como as da Vale, da Petrobrás, do setor de siderurgia e de papel e celulose.

Felipe Hirai, do Bank of America Merril Lynch, acredita que o mercado já estava precificando o QE 3 e que o rally vai continuar nos próximos meses. Ele ressalta que ainda há dúvidas em relação à eficácia do QE 3 – já que o QE 2 teve menor impacto que a primeira rodada de estímulos.

Para o analista, as estimativas de lucros para as empresas devem continuar caindo pelos próximos 90 dias, antes de começarem a subir. Na opinião do analista, o melhor setor para se apostar no momento continua sendo o setor financeiro e o industrial.

Ibovespa

Do ponto de vista da análise técnica, a tendência é de alta do Ibovespa. Para Cesar Crivelli, que assina o relatório do Citi, “nosso principal índice acionário está em uma região de sobrecompra”, isto é, o mercado está comprado. A expectativa é de que o índice chegue a sua máxima do ano.

“Nossa visão técnica é de que o rompimento da faixa de 60k, consolidado na sessão da última quinta-feira, com forte incremento no volume financeiro, abriu um momento bem positivo para o Ibovespa”, diz Cesar. Ele acredita que o índice pode mostrar alguma queda, propiciando um ponto de entrada melhor. Cesar completa dizendo que este momento não é o melhor do ponto de vista de risco/retorno.

Acompanhe tudo sobre:B3bancos-de-investimentobolsas-de-valoresBTG PactualCiti CorretoraCitigroupEmpresasEmpresas abertasEmpresas americanasHoldingsIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado