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O que 10 estrategistas projetam para a bolsa em abril

Analistas continuam a esperar forte volatilidade para os mercados financeiros neste mês

O que esperar de abril? (SXC.Hu)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 06h12.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h40.

Após mais um mês complicado para a Bovespa, algumas corretoras insinuam um cansaço do Ibovespa e reforçam a aposta em alternativas fora do índice. Apesar disso, alguns estrategistas, como o do Credit Suisse, já estima uma redução da diferença entre o desempenho das "large caps" e das "small caps" com a volta do apetite pelas gigantes da bolsa. Selecionamos ao lado trechos de 10 análises com perspectivas para abril. Confira!
  • 2. Ativa Corretora - Ricardo Correa

    2 /10(BM&FBovespa/Divulgação)

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    “(...) A situação no mercado doméstico segue desalentadora, diante de uma vertente pouco clara de execução política por parte do governo, afugentando o investidor estrangeiro e confiando ao benchmark da bolsa brasileira, a lanterna entre os principais índices internacionais. O mês de março foi marcado pelas expectativas acerca da taxa SELIC, à medida que aumentam as pressões inflacionárias, alimentadas ainda pela mudança no teor da última ata do Copom, sinalizando uma possível elevação já na próxima reunião, em maio. No entanto, a esperança de que o Banco central finalmente desperte de seu repouso profundo e aceite o chamado para enfrentar o fantasma da inflação pode ser ameaçada pela autoridade governista, diante do potencial impacto negativo sobre o nível de emprego, um dos principais pilares da campanha da presidente Dilma, e o baixo crescimento econômico”.
  • 3. BB Investimentos – Nataniel Cezimbra

    3 /10(Spencer Platt/Getty Images/Getty Images)

  • “Em abril serão divulgados importantes indicadores, tanto externos quanto domésticos, que deverão mexer com o humor dos agentes. No Brasil a próxima decisão do Copom está marcada para o dia 17 de abril, bem como será monitorada a trajetória da inflação (IPCA). Vale lembrar que ocorrerá na Bovespa vencimento de opções sobre ações no dia 15 e vencimentos de índice futuro e de opções sobre o índice no dia 17. Nos EUA, além de dados imobiliários e de desemprego, haverá a ata do Fomc no dia 10 e a revisão do PIB no
    dia 26. Na zona do euro, os investidores acompanharão de perto a questão do confisco no Chipre e o desenrolar de seus efeitos sobre os demais países da região, bem como as divulgações de índices de atividade e inflação, principalmente da Alemanha. Atenção máxima também deverá estar voltada para o anuncio do PIB da China no dia 14 (além de outros indicadores locais). Enfim, a volatilidade ainda deverá ser a tônica e, visto que o Dow Jones tem se mantido em recorde histórico, não está descartada alguma realização nos índices de Wall Street que muito provavelmente contaminariam o mercado brasileiro”.
  • 4. BTG Pactual - Carlos Sequeira

    4 /10(Marcelo Camargo/ABr)

    “Apesar de acreditarmos que qualquer desempenho acima da média em 2013 virá de principalmente de uma seleção de ações, continuamos a gostar de alguns setores de forma geral sobre outros. Gostamos de ações relacionadas ao consumo apesar do fato de a disponibilidade de crédito não contribuir muito para o desempenho do setor neste ano. As taxas de desemprego estão em níveis de recorde de baixa, os salários continuam em tendência de alta, e o governo tem tentando estimular o crescimento via uma série de medidas pró-consumo.”
  • 5. Bradesco BBI – Dalton Gardimam

    5 /10(REUTERS / Carlos Barria)

    “O Chipre foi a única ameaça séria para o ‘risco de mercado’ em termos globais recentemente. Especialmente porque o ruído político nos EUA reduziu de alguma forma (em nenhuma dessas observações estamos comparando fundamentos, com a Europa se deteriorando mais em relação ao Novo Mundo). A China tentou, mas reluta em adotar medidas mais duras para os bancos e o crédito. Entendemos que este processo vai simplesmente continuar. Para abril continuamos a ver a continuidade do risco sobre os mercados financeiros globais. Assim, mantemos o foco na seleção de ações como condição primordial para um desempenho decente do mercado acionário em 2013. Mantemos a expectativa de desempenho positivo para o Ibovespa (crescimento de dois dígitos) em 2013”.
  • 6. Credit Suisse – Andrew T. Campbell

    6 /10(Ricardo Moraes/Reuters)

    "Nas últimas semanas, as visões “bottom-up” do nosso time de analistas sobre várias ações de grande capitalização [large caps] se tornaram mais alinhadas com a nossa visão estratégia sobre o Brasil (elevada para alocação acima da média no contexto da América Latina em janeiro). Essas ações incluem Petrobras (elevada para desempenho acima da média), Itaú Unibanco (elevada) e Vale (ainda Neutra, mas com uma relação de risco e retorno mais atrativa). A visão mais favorável para as empresas de grande capitalização de mercado pode diminuir o desconto que elas têm sofrido em relação às de menor capitalizaçãp [small caps] no Brasil, que atualmente excede 20% na análise de preço sobre lucro esperado. O nosso alvo para o índice continua em 70 mil pontos para o Ibovespa".
  • 7. HSBC Global Research - Carlos Nunes

    7 /10(Jonathan Ernst/Reuters)

    "O sentimento negativo dos investidores globais se acentuou no mês de março, especialmente com o desenrolar da crise no Chipre e suas possíveis contaminações nos demais países na Zona do Euro, além das incertezas com relação às questões políticas na Itália. No Brasil, as atenções do mercado estão voltadas para o possível início do ciclo de aperto monetário no país, após última Ata e, também, Relatório Trimestral de Inflação. Em relação à atividade, contudo, indicadores continuam mostrando tendência de desaceleração no ritmo de crescimento econômico. Neste sentido, mantemos maior exposição em ações defensivas, com geração de caixa mais previsível e maiores retornos sob a forma de dividendos".
  • 8. Omar Camargo - Felipe Rocha

    8 /10(Gustavo Kahil/EXAME.com)

    "Num primeiro momento acreditamos que o Ibovespa deve continuar pressionado no curto prazo porque não vemos catalisadores que façam as empresas com maior peso no índice registrem valorizações sustentáveis. Esse cenário pode mudar ao longo de abril e maio com (i) divulgação dos resultados do 1T13, sendo que esperamos números bons para bancos, Petrobras e Vale; (ii) números bons de atividade, culminando com o PIB do 1T13 no dia 29/maio. O cenário externo voltou a pesar e continuará com maiores influências nos próximos meses".
  • 9. Planner Corretora – Ricardo Tadeu Martins

    9 /10(GettyImages)

    “(...) Seguimos acreditando que as incertezas continuarão no mês de abril. A agenda econômica internacional tem como destaque a negociação para o corte de despesas do governo norte-americano e do lado doméstico a próxima reunião do Comitê de Política Monetária – Copom para a decisão sobre taxa de juros. Acreditamos na manutenção da taxa atual, mas já com alguma sinalização de reajuste para as próximas reuniões. Nossa carteira para o mês de abril permanece mais conservadora, já que não enxergamos ainda motivação para a retomada de uma alta consistente para a Bovespa. A aversão ao risco por parte de investidores estrangeiros tem sido um referencial importante para definição do rumo do mercado”.
  • 10. Santander - Leornardo Milane e Guilherme Guntovitch

    10 /10(REUTERS/Beawiharta)

    "Em Abril começa a temporada de resultados do 1T13 (Localiza é a primeira empresa a divulgar, em 16/04). Esperamos mais uma temporada de resultados pouco empolgantes. Poucas empresas devem divulgar resultados que surpreendam positivamente o mercado. E é em cima dessas poucas empresas com momento operacional ímpar que concentramos o peso da nossa carteira de Abril: acreditamos que Randon, Klabin, Cosan, Pão de Açúcar, EZTec, Bradesco, Minerva e Suzano devam divulgar resultados fortes. Considerando o momento adverso, permaneceremos com um portfólio mais exposto à ações domésticas defensivas, que apresentam forte momento operacional, alta previsibilidade de geração de caixa e baixo endividamento (como alimentos & bebidas, bancos, distribuição de combustíveis e embalagens) até que os indicadores macroeconômicos domésticos (principalmente produção industrial e investimentos) comecem a melhorar. Mantemos uma exposição modesta em commodities, o que está consistente com a modesta melhora recente dos indicadores macroeconômicos das duas principais economias do mundo (China e EUA) e a recente piora dos indicadores econômicos da Zona do Euro".
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