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NY sobe com IPO da GM e expectativa sobre Irlanda

Por Gustavo Nicoletta Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em alta, impulsionadas pela expectativa de que a Irlanda aceitará algum tipo de auxílio financeiro dos demais países europeus e pelo sucesso da oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) da General Motors, realizada hoje. "O mercado está recuperando o que perdeu […]

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 18h33.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em alta, impulsionadas pela expectativa de que a Irlanda aceitará algum tipo de auxílio financeiro dos demais países europeus e pelo sucesso da oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) da General Motors, realizada hoje. "O mercado está recuperando o que perdeu nos últimos dias", disse Steve Sosnick, gerente de risco de ações do Timber Hill LLC/Interactive Brokers Group LLC.

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O Dow Jones subiu 173,35 pontos, ou 1,57%, para 11.181,23 pontos, puxado pelo avanço de componentes como Alcoa (+3,40%), Boeing (+3,38%) e Caterpillar (+2,39%). O Nasdaq ganhou 38,39 pontos, ou 1,55%, para 2.514,40 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 18,10 pontos, ou 1,54%, fechando a 1.196,69 pontos.

As ações da General Motors, que voltaram a ser negociadas hoje na Bolsa de Nova York (NYSE) após a IPO, encerraram o pregão em alta de 3,61%, a US$ 34,19. A montadora levantou mais do que o originalmente previsto com a venda dos papéis e o sucesso da operação ofereceu suporte ao mercado, embora ainda haja dúvidas sobre a perspectiva de longo prazo da companhia.

"Comemorar a IPO não significa que o modelo de negócio funciona", disse Bob Froehlich, diretor-gerente do Hartford Financial Services Group. "Significa apenas que temos um número suficiente de investidores dispostos a dar uma chance para o modelo de negócio. Agora a GM precisa colocar o plano em prática."

Autoridades da União Europeia (UE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) reuniram-se hoje em Dublin para examinar as finanças públicas e o sistema bancário da Irlanda. O ministro de Finanças irlandês, Brian Lenihan, declarou que o país "precisará de algum tipo de assistência financeira externa", aumentando a expectativa sobre um pacote de ajuda que poderia contribuir para a redução dos receios com a situação fiscal do governo.

Os indicadores divulgados hoje nos EUA também aumentaram a confiança dos investidores. O número de novos pedidos de auxílio-desemprego subiu 2 mil na semana passada, enquanto analistas esperavam um aumento de 8 mil. Além disso, o índice de atividade empresarial medido pelo Federal Reserve da Filadélfia avançou muito mais que o previsto, para 22,5 em novembro, de 1 em outubro, enquanto o índice de indicadores antecedentes medido pelo Conference Board teve alta de 0,5% em outubro, após um ganho revisado de 0,5% no mês anterior.

"Parece que os investidores estão acreditando que tudo é possível e que vai ficar tudo bem", disse Jeffrey Kleintop, estrategista-chefe de mercado da LPL Financial. Ele alertou, no entanto, que há três grandes riscos no horizonte - medidas da China para conter a inflação, aumentos de impostos nos EUA em 2011 e a questão do déficit orçamentário da Europa. Dessa forma, o avanço dos índices acionários hoje reflete "apenas volatilidade, não o início de uma nova tendência nem a renovação do apetite por risco no longo prazo", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

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