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NY fecha em alta puxada por balanços positivos

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, reagindo à divulgação de resultados corporativos melhores do que o esperado - particularmente entre as companhias aéreas - e em meio a um relatório morno do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre as condições da economia do […]

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2010 às 18h12.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, reagindo à divulgação de resultados corporativos melhores do que o esperado - particularmente entre as companhias aéreas - e em meio a um relatório morno do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre as condições da economia do país.

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O Dow Jones subiu 129,35 pontos, ou 1,18%, para 11.107,97 pontos. A Boeing, que faz parte do índice, fechou em alta de 3,35% após anunciar que obteve lucro de US$ 837 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante um prejuízo de US$ 1,56 bilhão no mesmo período do ano passado. A Intel, outro componente do Dow Jones, anunciou que investirá de US$ 6 bilhões a US$ 8 bilhões ao longo dos próximos anos para reformar suas fábricas nos EUA e construir uma nova unidade de pesquisas no país. As ações da companhia avançaram 2,19%.

O Nasdaq teve ganho de 20,44 pontos, ou 0,84%, para 2.457,39 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 12,27 pontos, ou 1,05%, para 1.178,17 pontos. Os papéis de empresas ligadas aos setores de energia e matérias-primas tiveram o melhor desempenho da sessão, um dia após terem sofrido forte pressão da notícia de aumento nos juros da China. A Cliffs Natural Resources subiu 3,62% e a Freeport McMoran ganhou 2,84%. Chevron e Exxon tiveram alta de 1,49% e de 1,37%, respectivamente.

Segundo Christian Thwaites, presidente e executivo-chefe da Sentinel Investments, o declínio nas bolsas ontem em razão da repentina decisão chinesa e de receios com hipotecas foi exagerado. "São histórias menores em um contexto de longo prazo", disse Thwaites. "É um tropeço na confiança, mas não vai atrapalhar o que o mercado está tentando fazer."

Entre as companhias que divulgaram balanço recentemente, ficaram em destaque as do setor aéreo. As ações da Delta Air Lines subiram 10,85% após a companhia anunciar que obteve lucro de US$ 363 milhões no terceiro trimestre - em comparação a um prejuízo de US$ 161 milhões em igual período do ano passado. A AMR, controladora da American Airlines, divulgou seu primeiro lucro trimestral em dois anos. As ações avançaram 12,58%. A US Airways Group subiu 7,43% após divulgar que obteve um lucro maior que o previsto por analistas no terceiro trimestre.

A JetBlue e a United Continental, que não apresentaram resultados hoje, acompanharam o movimento do setor e também fecharam em alta, de 6,76% e de 7,55% respectivamente.

No setor financeiro, o Morgan Stanley anunciou que seu lucro do terceiro trimestre encolheu 67% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado e registrou queda de 0,04% em suas ações. O Wells Fargo divulgou um lucro recorde para o terceiro trimestre e teve alta de 4,28% em seus papéis.

A United Technologies avançou 0,42% após divulgar que seu lucro do terceiro trimestre cresceu 13% em relação a igual período do ano passado. A receita da companhia, no entanto, ficou abaixo da previsão de analistas. A Abbott Laboratories divulgou um declínio de 40% no lucro do terceiro trimestre e sofreu queda de 0,85% em suas ações.

"As pessoas estão começando a acreditar que os balanços deste ano serão bons", disse Maris Ogg, presidente da Tower Bridge Advisors. "Talvez não num nível em que tenhamos 75% ou 80% das empresas superando as expectativas, mas as pessoas estão confiando mais na ideia de que a economia está em um terreno mais estável."

No mercado de Treasuries (títulos do Tesouro americano), os preços dos títulos subiram, em sua maioria, com respectivo movimento inverso dos juros, impulsionados novamente pela perspectiva de que o Federal Reserve vai retomar as compras de bônus de longo prazo do Tesouro dos EUA.

O Livro Bege - relatório utilizado para a formulação de políticas monetárias do Fed e divulgado hoje - continha poucas informações novas sobre a economia dos EUA, mas fortaleceu o argumento de muitas autoridades do banco central, de que o atual ritmo de recuperação da economia é lento demais para diminuir o desemprego e para trazer expectativas de aceleração da inflação.

"O Livro Bege claramente não fez nada para nos tranquilizar a respeito da perspectiva para o crescimento", disse David Semmens, economista do Standard Chartered Bank. "Com a inflação limitada aos insumos primários e o crescimento novamente desapontando, não há nada que impeça o Fed de avançar" com o estímulo monetário na reunião de novembro.

Kevin Giddis, presidente de mercados de capital de renda fixa do Morgan Keegan, disse acreditar que "a evidência contínua de falta de inflação aliada a um compromisso do Fed de comprar ativos de longo prazo oferece aos investidores uma janela de oportunidade raramente disponível para investir" em Treasuries. As informações são da Dow Jones.

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