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Nova York deve começar pregão em queda após dados da China

A queda reflete dados divulgados mais cedo na Europa e na China, que mostram desaquecimento das economias e já provocaram quedas nas bolsas europeias e asiáticas

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 11h44.

São Paulo - Os índices futuros das bolsas americanas operam em queda nesta quinta-feira no pré-mercado, indicando que o pregão deve abrir em baixa. A queda reflete dados divulgados mais cedo na Europa e na China, que mostram desaquecimento das economias e já provocaram quedas nas bolsas europeias e asiáticas. Nos Estados Unidos, os pedidos de auxílio-desemprego, que vieram piores que o previsto, fizeram os índices futuros acentuarem as quedas. No pré-mercado, às 10h15 (de Brasília), o índice Dow Jones operava em queda de 0,37%, o Nasdaq recuava 0,33% e o S&P perdia 0,41%.

O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 3 mil na semana encerrada em 15 de setembro, para 382 mil, após ajustes sazonais, segundo informou nesta quinta-feira o Departamento do Trabalho dos EUA. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam uma queda maior, de 9 mil solicitações. Além disso, os dados da semana anterior foram revisados para cima, para 385 mil, ante leitura original de 382 mil. O motivo foi a passagem do furacão Isaac pela costa do Golfo do México, que paralisou a produção de petróleo na região.

Ainda nos EUA, o anúncio do índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de manufatura permaneceu inalterado em 51,5 em setembro, a mesma leitura de agosto, segundo dados preliminares da Markit. O resultado continua perto da mínima em três anos e meio registrada em junho. Após o anúncio, os índices futuros mantiveram a queda.

Na China, o PMI preliminar, medido pelo HSBC, subiu a 47,8 em setembro, ante a leitura final de 47,6 em agosto, mas permanece no terreno que indica contração da atividade e mantém preocupações quanto à desaceleração da segunda maior economia mundial. O indicador abalou as bolsas asiáticas - sendo que a de Xangai registrou o pior fechamento desde fevereiro de 2009 - e prejudica a performance das commodities e das ações de empresas ligadas aos recursos básicos.

As principais bolsas europeias também registram perdas, penalizadas também pela queda do índice PMI na zona do euro, que indicou uma contração da economia do bloco neste terceiro trimestre. Na França, a atividade do setor privado teve uma forte contração em setembro, segundo dados da Markit, sugerindo que a economia do país pode ter recuado no terceiro trimestre. O índice PMI caiu para 44,1 em setembro, de 48,0 em agosto, o que indica a maior contração em três anos e meio.


Entre as notícias corporativas, os papéis do Bank of America caem 1,51% no pré-mercado, após o Wall Street Journal trazer uma reportagem mostrando que um dos maiores bancos americanos vai acelerar seu programa de corte de custos, incluindo a demissão de 16 mil funcionários até o final do ano. Após o corte, o Bank of America deve perder o posto de maior empregador do setor bancário nos EUA e chegar ao menor número de funcionários desde 2008, auge da crise financeira mundial.

Já as ações da Nike sobem 0,86% após a fabricante de artigos esportivos anunciar um bilionário programa de recompra de ações. O objetivo é recomprar até US$ 8 bilhões em papéis em quatro anos.

A Adobe Systems recuava 0,21% com o anúncio dos resultados do terceiro trimestre fiscal dentro do previsto pelos analistas. Já a previsão divulgada pela empresa para lucros e receitas referentes ao quarto período fiscal vieram abaixo das estimativas. No lucro, por exemplo, os analistas esperavam ganho de US$ 0,67 por ação, mas a companhia espera apresentar no máximo US$ 0,58 por ação. As informações são da Dow Jones.

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