Mercados

Nova York deve abrir sob temor de rebaixamento da Espanha

Os investidores seguem apreensivos com o desenrolar da crise europeia

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 10h53.

São Paulo - Os índices futuros das bolsas americanas operam em queda no pré-mercado, sinalizando que o pregão normal pode abrir em baixa, em meio a preocupações com a crise na Europa. Nos Estados Unidos, indicadores de renda e consumo da população divulgados nesta sexta-feira, este último dentro do esperado pelos analistas, não foram suficientes para reverter a queda. Às 10h15 (pelo horário de Brasília), o Dow Jones caia 0,48%, o Nasdaq perdia 0,32% e o S&P cedia 0,46%.

Os investidores seguem apreensivos com o desenrolar da crise da Espanha. Há a expectativa de que a Moody's conclua sua revisão dos ratings da Espanha, que poderá ser rebaixada para grau especulativo. Além disso, nesta sexta-feira à tarde deve ser divulgado o resultado do teste de estresse dos bancos espanhóis.

Outra notícia que trouxe preocupação aos investidores foi a de que as condições de liquidez nos mercados monetários do euro se deterioraram no segundo trimestre deste ano, apesar de o Banco Central Europeu ter injetado mais de 1 trilhão de euros no ano passado e no início deste ano, mostrou hoje um relatório do BCE. Para os economistas, isso sinaliza que os esforços para estimular as economias da região não estão surtindo os efeitos esperados.

Ainda na Europa, outra notícia desfavorável foi o anúncio de que a França teve o terceiro trimestre consecutivo de crescimento zero na economia.

Nos EUA, os gastos dos consumidores subiram 0,5% em agosto ante julho, a maior alta em seis meses, embora esse crescimento reflita mais um avanço nos preços do que um aumento no consumo de outros bens e serviços. Descontando a inflação, os gastos subiram apenas 0,1% em agosto. O dado divulgado pelo Departamento do Comércio veio exatamente em linha com as previsões dos analistas ouvidos pela Dow Jones.

Os gastos dos consumidores respondem por dois terços da demanda na economia norte-americana. E o avanço nos gastos superou em agosto o crescimento da renda pessoal, que ficou em 0,1%, abaixo das previsões dos analistas, que esperavam expansão de 0,2%. Com isso, a taxa de poupança caiu para 3,7% da renda disponível em agosto, de 4,1% em julho.

Entre as empresas, um dos destaques de alta é o papel da Research In Motion, companhia canadense que fabrica o BlackBerry, que sobe 15%. Durante o pré-mercado, o papel chegou a ter alta de mais de 20%, após a empresa apresentar um perda menor que o esperado no segundo trimestre fiscal e receitas acima do previsto, graças a conquista de novos clientes e melhora da posição de caixa. A empresa também anunciou uma nova versão do BlackBerry, que será lançada no começo de 2013 com tela sensível ao toque.


O Facebook é outro destaque de alta, com ganho de 1,13%. Na quinta-feira (27) à noite, a empresa anunciou o lançamento nos EUA do "Facebook Gifts", uma forma de as pessoas darem presentes reais na rede social. Inicialmente, esse serviço será oferecido apenas no mercado americano, mas deve chegar a outros países em breve.

Já o papel da Nike é destaque de queda, com perda de 3,7%, após a fabricante de material esportivo e calçados anunciar resultados do segundo trimestre fiscal que vieram melhores que o previsto, mas desapontou os analistas com as previsões do crescimento futuros das vendas mundiais.

A ação da Appel também recua, com baixa de 0,47% após o presidente (CEO) da gigante de tecnologia, Tim Cook, pedir desculpas pelo aplicativo de mapas que substituiu o do Google no iOS 6. As informações são da Dow Jones.

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