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No radar: otimismo global, novo CEO da Petrobras e o que move os mercados

Cenário de recuperação nos Estados Unidos e na China impulsiona bolsas internacionais

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)
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Beatriz Quesada

Publicado em 16 de abril de 2021 às 07h09.

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Nesta sexta-feira, 16, as bolsas globais se encaminham para fechar a semana em terreno positivo. Os investidores monitoram resultados econômicos positivos nos Estados Unidos e na China, que reforçam as perspectivas de recuperação econômica.

Os contratos futuros dos índices americanos operam próximos à estabilidade após os recordes da véspera, quando dados de vendas no varejo e emprego vieram melhores do que o esperado.O Dow Jones superou pela primeira vez na história o patamar dos 34.000 pontos e o S&P 500 também renovou recorde ao registrar hoje alta de mais de 1%.

Na Ásia, os mercados fecharam em alta com a divulgação de dados econômicos chineses.O PIB da China subiu 18,3% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado ligeiramente abaixo das expectativas de um aumento de 19%, de acordo com analistas ouvidos pela Reuters.

As bolsas europeias seguem o otimismo global e também avançam nesta sexta, com o índice pan-europeu STOXX 600 a caminho de sua sétima semana consecutiva de alta -- o que seria a maior sequência positiva desde maio de 2018.

Por aqui, a influência global também deu o tom da semana e manteve o Ibovespa novamente acima da marca de 120.000 pontos no último pregão, acumulando quatro dias seguidos de ganhos. Ainda assim, o Orçamento para 2021, a CPI da Covid-19 e a pandemia continuam no radar das preocupações domésticas.

Confira os principais destaques desta sexta-feira:

Petrobras elege novo CEO

O Conselho de Administração da Petrobras (PETR3; PETR4) se reúne nesta sexta-feira para decidir a composição da nova diretoria executiva e eleger oficialmente o general da reserva Joaquim Silva e Luna como novo CEO.

O ex-presidente Roberto Castello Branco foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro devido a discordâncias sobre a política de preços da Petrobras. Sob o comando de Castello Branco, a petroleira acompanhou a paridade internacional de preços, o que levou a várias altas na gasolina e no diesel no começo de 2021.

O último dia do ex-presidente à frente da companhia foi na segunda-feira, quando a assembleia de acionistas retirou seu nome do conselho de administração e da presidência. Desde então, quem está no comando interino da estatal é o atual diretor executivo de exploração e produção, Carlos Alberto Pereira de Oliveira.

Indicado por Bolsonaro para liderar a Petrobras, Luna endossou nomes de gerentes-executivos da empresa para concorrer ao comando de quatro diretorias executivas, segundo a Reuters. Metade dos oito cargos de diretoria estão vagos, incluindo o de finanças e relacionamento com investidores.

Ruídos políticos

Investidores locais devem continuar atentos ao impasse entre equipe econômica e Congresso em relação ao Orçamento de 2021. O prazo para que o presidente sancione o texto expira na próxima quinta-feira, dia 22 de abril.

Ainda no campo político, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou, na tarde de ontem, as condenações do ex-presidente Lula na Operação Lava Jato. Com isso, Lula se mantém elegível e pode se candidatar em 2022.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 também fica no radar, assim como o avanço da pandemia. O Brasil registrou 3.560 mortes pela doença nas últimas 24h.

Estreias na bolsa

A rede hospitalar Mater Dei ( MATD3) estreia hoje na B3 após movimentar 1,4 bilhão de reais em seu IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês). A companhia precificou sua oferta em 17,44 reais por ação, aceitando um desconto de 20% sobre o piso do intervalo sugerido para a operação, de 21,80 reais. O cenário de instabilidade no Brasil pressionou o preço da oferta da Mater Dei e levou ao cancelamento do IPO da Viveo (CM Hospitalar), outra oferta do setor de saúde que estrearia nesta semana.

A Blau Farmacêutica (BLAU3) também precificou seu IPO com desconto. A companhia, que estreia na B3 na próxima segunda-feira, 19, definiu na noite de ontem o preço de suas ações a 40,14 reais, segundo informações do portal Brazil Journal. O valor representa uma redução de 10% em relação ao piso da faixa indicativa, que ia de 44,50 reais a 50,60 reais. O IPO movimentou 1,26 bilhão de reais.

Outras ofertas

Já a oferta subsequente de ações (follow-on) da Sequoia (SEQL3) levantou 894 milhões de reais, segundo o jornal Valor Econômico. Os papéis foram vendidos a 25 reais -- o dobro do valor das ações de IPO da companhia. Porém, o preço da operação registrou um desconto de 3,5% em relação ao patamar atual da ação considerando o fechamento de ontem.

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