No radar: estreia da Hidrovias e o que mais move o mercado nesta sexta
Pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos será o dado econômico mais relevante do dia; mercados podem chegar à quarta queda semanal seguida
Guilherme Guilherme
Publicado em 25 de setembro de 2020 às 07h04.
Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 09h21.
O mercado começa os trabalhos desta sexta-feira em tom misto no mundo, com os investidores ainda ponderando os recentes casos de coronavírus na Europa e a possibilidade de novos estímulos, sondada nos Estados Unidos . No último pregão, os índices americanos fecharam em leve alta, mas, com desvalorização acumulada desde segunda-feira, podem chegar à quarta queda semanal consecutiva - assim como o Ibovespa , principal índice da B3.
Pedidos de bens duráveis
Em dia de agenda econômica esvaziada, as atenções devem se voltar para a divulgação dos dados de pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos pouco antes da abertura do pregão à vista na B3. Referentes ao mês de agosto, o mercado espera um aumento mensal de 1,5%, confirmando o quarto mês de recuperação, após duras perdas entre março e abril. Em julho, a alta mensal foi de 11,2%.
Calma, Trump
A declaração do presidente Donald Trump de que não iria fazer a transição de maneira pacífica, caso perca as eleições, foi mal recebida mesmo entre nomes de peso do partido Republicano. Líder da maioria no Senado, o senador Mitch McConnell afirmou no Twitter que independentemente de quem ganhar as eleições, a transição será como todas as outras, assim como ocorre desde 1792. No mercado, as declarações de Trump já haviam sido recebidas com descrença.
Estreia na B3
As ações da empresa de logística Hidrovias estreiam nesta sexta no segmento Novo Mercado da B3, que possui as regras mais elevadas de governança. A companhia fez a maior oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do ano, levantando 3,443 bilhões de reais. Apesar da cifra elevada, todo o montante foi para os bolsos dos antigos acionistas, que optaram por uma oferta 100% secundária. A precificação ficou no piso da faixa, em 7,56 reais.
Grendene e Azaleia
A Grendene , das marcas de calçados Melissa e Ipanema, celebrou um contrato de licença com a Vulcabrás para o uso da marca Azaleia em todo o Brasil e no mundo, com exceção dos territórios peruano, colombiano e chileno. A licença dará permissão para a Grendene comercializar, produzir e criar modelos de calçados Azaleia. Segundo a Vulcabras, a licença faz parte da estratégia de focar na frente de produtos esportivos. O contrato de licença é de 3 anos e garante à Vulcabras parte da receita líquida com os produtos.
Retrospectiva
Na última sessão, o Ibovespa subiu 1,33% e encerrou em 97.012,07 pontos, enquanto o dólar caiu 1,4% para 5,51 reais.