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Morgan Stanley vê rali de moedas latino-americanas após eleição nos EUA

Banco recomenda montar posição comprada em real, pesos mexicano e colombiano, contra dólar e euro, e diz que mercado está subestimando possível onda Azul

Morgan Stanley recomenda montar posição comprada em real, pesos mexicano e colombiano, contra dólar e euro (Marcello Casal Jr/Divulgação)

Morgan Stanley recomenda montar posição comprada em real, pesos mexicano e colombiano, contra dólar e euro (Marcello Casal Jr/Divulgação)

PB

Paula Barra

Publicado em 27 de outubro de 2020 às 16h19.

Última atualização em 27 de outubro de 2020 às 18h04.

O Morgan Stanley recomendou, em relatório enviado a seus clientes, que montem posição comprada em uma cesta de moedas latino-americanas, com real, pesos mexicanos e colombiano, contra o dólar e euro, vendo um rali ao longo dos próximos meses, passada a eleição nos Estados Unidos.

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Para os estrategistas do banco, incluindo Simon Waever, Andres Jaime, Ioana Zamfir e Gilberto Hernandez-Gomes, faltando apenas uma semana para a eleição americana, o mercado está subestimando uma possibilidade de varredura Azul, com o partido democrata vencendo a Casa Branca, Senado e Câmara, tendo em vista o que as pesquisas estão indicando.    

Eles comentam que o mercado continua a precificar um prêmio de risco bastante significativo para uma repetição do resultado da eleição de 2016, quando as pesquisas mostraram-se imprecisas sobre as chances mais altas de vitória da candidata democrata Hillary Clinton frente ao presidente Donald Trump. No entanto, eles acreditam que, “com pouco tempo restante e muitos votos já realizados, as oportunidades para as pesquisas ou eventos mudarem significativamente a narrativa é limitada”. 

Segundo eles, embora o resultado, claramente, ainda seja incerto, para aqueles que desejam se posicionar para uma vitória democrata, o risco/recompensa das moedas emergentes parece convincente, especialmente no caso de um governo unido nos Estados Unidos, que poderia resultar em estímulos consideráveis e um conjunto mais consistente de políticas econômicas.   

Eles comentam que até agora o crescimento dos mercados emergentes, excluindo China e norte da Ásia, tem sido relativamente lento frente ao registrado em outras regiões, e um dos motivos para isso pode ser que esses países só podem entregar pacotes de estímulos limitados para enfrentamento da crise. No entanto, isso poderia mudar com a chegada de uma vacina eficaz, o que ajudaria a desbloquear a demanda externa, bem como ajudar as economias dos emergentes. 

Para os estrategistas, após a disputa presidencial americana, o foco do investidor mudará para se os resultados da fase 3 das principais vacinas contra covid-19 que estão sendo desenvolvidas no mundo oferecem boas notícias sobre sua eficácia. Nesse sentido, eles comentam que, caso uma vacina eficaz seja distribuída, os mercados emergentes participarão mais plenamente de uma recuperação do crescimento global. 

Em tal cenário, “poderemos ver alguma rotação no posicionamento do investidor de áreas da economia global que já tenham recuperado, como a China, para outros emergentes”, concluem.

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