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Morgan Stanley e Goldman veem mais perdas em ações americanas

Embora a queda deste ano tenha deixado os preços mais justos, o S&P 500 ainda precisa cair mais 15% a 20% para cerca de 3.000 pontos para que o mercado reflita totalmente uma contração econômica

O sentimento dos investidores em relação aos ativos de risco azedou nas últimas semanas após a inflação descontrolada (Bloomberg/Getty Images)
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Bloomberg

Publicado em 21 de junho de 2022 às 12h34.

As ações americanas ainda não precificaram totalmente o risco de uma recessão e podem ter que cair ainda mais, segundo estrategistas do Morgan Stanley e do Goldman Sachs.

Embora a queda deste ano tenha deixado os preços mais justos, o S&P 500 ainda precisa cair mais 15% a 20% para cerca de 3.000 pontos para que o mercado reflita totalmente uma contração econômica, estrategistas do Morgan Stanley liderados por Michael Wilson disseram em nota.

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“O mercado de baixa não terminará até que a recessão chegue ou esse risco seja extinto”, disseram. O indicador na semana passada registrou queda de mais de 20% desde seu pico de janeiro, o que caracteriza um mercado de baixa.

Estrategistas do Goldman disseram que as ações precificam apenas uma recessão leve, “deixando-as expostas a uma deterioração ainda maior nas expectativas”. Os estrategistas do Berenberg também disseram na terça-feira que é muito cedo para declara o fundo do poço, com o rebaixamento de previsões de lucro apenas começando em meio a expectativas de uma recessão.

O sentimento dos investidores em relação aos ativos de risco azedou nas últimas semanas após a inflação descontrolada e um Federal Reserve mais agressivo aumentarem o risco de uma contração econômica prolongada.

Wilson, um dos pessimistas mais proeminentes de Wall Street, que previu corretamente a mais recente liquidação do mercado, disse que se uma recessão completa se tornar o cenário base do mercado, o S&P 500 pode chegar perto de 2.900 pontos - mais de 21% abaixo do último fechamento.

Estrategistas do Goldman liderados por Peter Oppenheimer disseram que veem o atual mercado de baixa como cíclico, com balanços do setor privado mais fortes e taxas de juros reais negativas amortecendo os riscos sistêmicos associados a mercados de baixa estruturais.

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