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Moody’s vê alta de emissões de debêntures de infraestrutura

Empresas como a Invepar e a Rota das Bandeiras podem ser as primeiras a levantar recursos com a emissão de debêntures num mercado que pode chegar a US$ 50 bilhões

Moody´s: o Congresso alterou a lei que permite que empresas usem o dinheiro obtido com a emissão de debêntures de infraestrutura para o pagamento de dívidas anteriores (Mike Segar/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 10h23.

São Paulo/Brasília - A Moody’s Investors Service prevê que empresas como a Invepar e a Rota das Bandeiras sejam as primeiras a levantar recursos com a emissão de debêntures ligadas a projetos de infraestrutura, um mercado que, segundo o governo, pode chegar a US$ 50 bilhões.

O Congresso alterou a lei que permite que empresas usem o dinheiro obtido com a emissão de debêntures de infraestrutura para o pagamento de dívidas anteriores. A mudança foi feita depois que a Concessionária Rodovias do Tietê SA não conseguiu atrair demanda suficiente de investidores estrangeiros em maio. O rendimento dos papéis de infraestrutura será atrelado a índices de preços e terá spreads maiores do que títulos públicos atrelados à inflação, disse Alexandre de Almeida Leita, da Moody’s, em entrevista em 17 de agosto em São Paulo. No Chile, os títulos da operadora de rodovias Sociedad Concesionaria Autopista Central rendem 3,74 pontos percentuais acima da inflação.

O governo tenta desenvolver o mercado secundário de dívida para ajudar a financiar R$ 1 trilhão em projetos de infraestrutura e reduzir a dependência de empresas dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Com a dívida do governo rendendo menos de 9,9 por cento, Aguinaldo Barbieri, executivo da diretoria de mercados de capital do Banco do Brasil SA, disse que as mudanças nas regras foram muito positivas e que o banco tem mandato para dois projetos cujo valor é de aproximadamente R$ 300 milhões cada um.

“Elas vão decolar”, disse Leita, analista da Moody’s que prevê que as debêntures de infraestrutura vão financiar 10 por cento dos US$ 66 bilhões necessários para as concessões de rodovias e ferrovias, em entrevista em São Paulo. “Será uma das formas mais importantes de financiar esses projetos, novos e já existentes.”

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O Congresso alterou a lei que permite que empresas usem o dinheiro obtido com a emissão de debêntures de infraestrutura para o pagamento de dívidas anteriores. A mudança foi feita depois que a Concessionária Rodovias do Tietê SA não conseguiu atrair demanda suficiente de investidores estrangeiros em maio. O rendimento dos papéis de infraestrutura será atrelado a índices de preços e terá spreads maiores do que títulos públicos atrelados à inflação, disse Alexandre de Almeida Leita, da Moody’s, em entrevista em 17 de agosto em São Paulo. No Chile, os títulos da operadora de rodovias Sociedad Concesionaria Autopista Central rendem 3,74 pontos percentuais acima da inflação.

O governo tenta desenvolver o mercado secundário de dívida para ajudar a financiar R$ 1 trilhão em projetos de infraestrutura e reduzir a dependência de empresas dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Com a dívida do governo rendendo menos de 9,9 por cento, Aguinaldo Barbieri, executivo da diretoria de mercados de capital do Banco do Brasil SA, disse que as mudanças nas regras foram muito positivas e que o banco tem mandato para dois projetos cujo valor é de aproximadamente R$ 300 milhões cada um.

“Elas vão decolar”, disse Leita, analista da Moody’s que prevê que as debêntures de infraestrutura vão financiar 10 por cento dos US$ 66 bilhões necessários para as concessões de rodovias e ferrovias, em entrevista em São Paulo. “Será uma das formas mais importantes de financiar esses projetos, novos e já existentes.”

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