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Moody's rebaixa qualificação do Barclays para "negativa"

Corte na nota do banco ocorre após a renúncia do executivo-chefe Bob Diamond pela manipulação das taxas de juros interbancários Libor

Barclays: as oportunidades em 2011 permanecerão nos países emergentes (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 06h22.

Londres - A agência Moody's rebaixou nesta quinta-feira a qualificação do banco britânico Barclays de "estável" para "negativa", após a renúncia do executivo-chefe Bob Diamond pela manipulação das taxas de juros interbancários Libor.

O escândalo explodiu na semana passada, quando os organismos reguladores do Reino Unido e dos Estados Unidos multaram a entidade em 290 milhões de libras por manipular o Libor e seu equivalente europeu, o Euribor, entre 2005 e 2009.

Segundo a agência, a renúncia de Diamond e as do presidente do Barclays, Marcus Agius, e do diretor de operações, Jerry del Missier, assim como a incerteza que o escândalo provocou, representam uma situação negativa para os detentores de bônus.

Ao mesmo tempo, a Moody's assinala que a qualificação dos depósitos bancários tem uma perspectiva negativa porque a agência estima que o Governo do Reino Unido reduzirá a curto prazo seu apoio aos grandes bancos do país.

A agência também manifestou que as pressões políticas e dos acionistas sobre o Barclays podem forçar a entidade a mudar seu modelo de gestão de investimentos.

O rebaixamento da qualificação foi anunciado horas antes de os deputados decidirem se a investigação sobre o escândalo do Libor deve ser parlamentar ou correr a cargo de um juiz.

Diamon compareceu ontem ao Comitê do Tesouro da Câmara dos Comuns, onde assegurou que até 'este mês' não sabia que o Barclays manipulara o Libor, apesar de ter reconhecido que havia dúvidas dentro do setor bancário sobre a confiabilidade dessa taxa.

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O escândalo explodiu na semana passada, quando os organismos reguladores do Reino Unido e dos Estados Unidos multaram a entidade em 290 milhões de libras por manipular o Libor e seu equivalente europeu, o Euribor, entre 2005 e 2009.

Segundo a agência, a renúncia de Diamond e as do presidente do Barclays, Marcus Agius, e do diretor de operações, Jerry del Missier, assim como a incerteza que o escândalo provocou, representam uma situação negativa para os detentores de bônus.

Ao mesmo tempo, a Moody's assinala que a qualificação dos depósitos bancários tem uma perspectiva negativa porque a agência estima que o Governo do Reino Unido reduzirá a curto prazo seu apoio aos grandes bancos do país.

A agência também manifestou que as pressões políticas e dos acionistas sobre o Barclays podem forçar a entidade a mudar seu modelo de gestão de investimentos.

O rebaixamento da qualificação foi anunciado horas antes de os deputados decidirem se a investigação sobre o escândalo do Libor deve ser parlamentar ou correr a cargo de um juiz.

Diamon compareceu ontem ao Comitê do Tesouro da Câmara dos Comuns, onde assegurou que até 'este mês' não sabia que o Barclays manipulara o Libor, apesar de ter reconhecido que havia dúvidas dentro do setor bancário sobre a confiabilidade dessa taxa.

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