HSBC tem recomendação neutra às ações preferenciais classe A da Braskem (Miriam Fichtner)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2011 às 14h27.
São Paulo – Com um otimismo moderado, o HSBC iniciou a cobertura das ações da Braskem (BRKM5). O relatório desta segunda-feira sugere um preço-alvo de 17 reais aos papéis para o final de 2012, um potencial de valorização de 16%. A recomendação é classificada em neutra.
“Nossa visão sobre o setor químico é de que o recuo no crescimento e as mudanças nas estruturas de custos devem aumentar a concorrência por mercados de exportação; isso deve colocar pressão sobre índices operacionais e preços de produtos em 2012”, afirma o analista Geoff Haire.
No entanto, Haire acredita que a liderança de mercado da Braskem no Brasil (participação de 69%) deve beneficiar a companhia diante do alto crescimento doméstico de resinas. “A apenas 30 meses da Copa do Mundo, seguida das Olimpíadas em 2012, a demanda por resinas pode aumentar sensivelmente devido à construção de infraestrutura”.
Além disso, são vistos de maneira otimista os fatores como a margem sustentada acima de seus pares globais, devido ao poder de colocação de preço resultante da estrutura favorável da indústria e tarifas altas no Brasil, e também as expansões expressivas em mercados internacionais importantes.
“A Braskem tem um claro monopólio na indústria petroquímica nacional e opera todas as quatro unidades transformadoras no país” destaca o analista.
O relatório lembra ainda que o Brasil tem mostrado uma taxa de crescimento alta no consumo de resinas termoplásticas desde 1996 e que e o consumo cresceu a uma taxa de 1,8 vez o crescimento do PIB na última década, devido ao aumento na substituição de materiais de embalagem tradicional e ao aumento no consumo do componente plástico nos bens de consumo duráveis.
“Aquisição da Quattor, em meados de 2010, também fortalece a perspectiva de competitividade e aumento o poder de colocação de preços”, conclui Haire.
Em 2011, as ações preferenciais classe A da Braskem registra uma desvalorização de 30%, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, cai 19,5%.