Milho recua no Brasil por menor preocupação com safra
Preço do cereal no mercado à vista acumula perdas de quase 3% desde a quarta-feira da semana passada
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2014 às 15h57.
São Paulo - As cotações do milho no mercado brasileiro devolveram ganhos nos últimos dias, com o retorno das chuvas para as áreas produtoras e menores preocupações com a safra 2014/15, apontaram especialistas nesta sexta-feira.
O preço do cereal no mercado à vista, medido pelo Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), acumula perdas de quase 3 por cento desde a quarta-feira da semana passada, quando atingiu a máxima de sete meses, a 28,7 reais por saca de 60 kg.
Na quinta-feira, o indicador fechou a 27,93 reais.
"Depois de sucessivas altas geradas pelas incertezas do impacto do clima sobre a próxima safra, os preços do milho parecem ter chegado a um nível de resistência ou ao limite superior aceito por compradores", disse nesta sexta-feira o Cepea, em um relatório.
O centro de pesquisas ligado à Universidade de São Paulo destacou o retorno das chuvas nas últimas semanas na maior parte das regiões produtoras de milho verão, após um período seco em outubro.
"A alta recente foi provocada pela valorização cambial (que torna o milho mais caro em reais nos portos) e pelo atraso das chuvas", explicou o analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado.
Além de eventuais danos à safra que está sendo cultivada no momento, também havia forte preocupação no mercado e entre produtores sobre o cultivo da segunda safra do cereal, que é plantada imediatamente após a colheita da soja.
Como a seca atrasou o plantio da oleaginosa e postergará sua colheita, há a preocupação sobre a janela ideal de clima para a chamada "safrinha" de milho.
A própria Safras & Mercado divulgou nesta sexta uma projeção de safra total de milho no Brasil que é 2,8 por cento menor que a estimativa feita em agosto, chegando a 75,48 milhões de toneladas.
A retração ocorre em meio a problemas com as safras, mas principalmente à redução de área plantada.
O mercado parece se tranquilizar com as projeções de colheita que, apesar de um pouco menores, ainda estão muito perto dos patamares recordes dos últimos anos.
"O mercado futuro nacional, que ainda opera bem acima dos preços internacionais, apresentou fortes quedas", destacou o Cepea.
O vencimento janeiro na BM&FBovespa, o mais negociado, acumulou perdas de 11,2 por cento entre 17 de novembro e o fechamento da quinta-feira.
São Paulo - As cotações do milho no mercado brasileiro devolveram ganhos nos últimos dias, com o retorno das chuvas para as áreas produtoras e menores preocupações com a safra 2014/15, apontaram especialistas nesta sexta-feira.
O preço do cereal no mercado à vista, medido pelo Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), acumula perdas de quase 3 por cento desde a quarta-feira da semana passada, quando atingiu a máxima de sete meses, a 28,7 reais por saca de 60 kg.
Na quinta-feira, o indicador fechou a 27,93 reais.
"Depois de sucessivas altas geradas pelas incertezas do impacto do clima sobre a próxima safra, os preços do milho parecem ter chegado a um nível de resistência ou ao limite superior aceito por compradores", disse nesta sexta-feira o Cepea, em um relatório.
O centro de pesquisas ligado à Universidade de São Paulo destacou o retorno das chuvas nas últimas semanas na maior parte das regiões produtoras de milho verão, após um período seco em outubro.
"A alta recente foi provocada pela valorização cambial (que torna o milho mais caro em reais nos portos) e pelo atraso das chuvas", explicou o analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado.
Além de eventuais danos à safra que está sendo cultivada no momento, também havia forte preocupação no mercado e entre produtores sobre o cultivo da segunda safra do cereal, que é plantada imediatamente após a colheita da soja.
Como a seca atrasou o plantio da oleaginosa e postergará sua colheita, há a preocupação sobre a janela ideal de clima para a chamada "safrinha" de milho.
A própria Safras & Mercado divulgou nesta sexta uma projeção de safra total de milho no Brasil que é 2,8 por cento menor que a estimativa feita em agosto, chegando a 75,48 milhões de toneladas.
A retração ocorre em meio a problemas com as safras, mas principalmente à redução de área plantada.
O mercado parece se tranquilizar com as projeções de colheita que, apesar de um pouco menores, ainda estão muito perto dos patamares recordes dos últimos anos.
"O mercado futuro nacional, que ainda opera bem acima dos preços internacionais, apresentou fortes quedas", destacou o Cepea.
O vencimento janeiro na BM&FBovespa, o mais negociado, acumulou perdas de 11,2 por cento entre 17 de novembro e o fechamento da quinta-feira.