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Mercados locais descolam de exterior e recuam

São Paulo - Os ativos financeiros domésticos destoaram dos mercados internacionais nesta quinta-feira, com ações do setores petrolífero e de construção pressionando a Bovespa, enquanto ajustes técnicos ampararam a alta do dólar ante o real. Os juros futuros tiveram outra sessão de fraco movimento, com investidores à espera do IPCA-15 de maio, com divulgação prevista […]

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 17h49.

São Paulo - Os ativos financeiros domésticos destoaram dos mercados internacionais nesta quinta-feira, com ações do setores petrolífero e de construção pressionando a Bovespa, enquanto ajustes técnicos ampararam a alta do dólar ante o real.

Os juros futuros tiveram outra sessão de fraco movimento, com investidores à espera do IPCA-15 de maio, com divulgação prevista para as 9h de sexta-feira. Segundo pesquisa da Reuters, a mediana de previsões de 18 instituições financeiras apontou uma taxa de 0,75 por cento para o IPCA-15 deste mês, ante 0,77 por cento em abril [ID:nN18242550].

A agenda contou com números mostrando que o governo federal arrecadou 85,155 bilhões de reais em impostos e contribuições em abril, montante recorde e 10,34 por cento superior ao arrecadado no mesmo mês em 2010, segundo informou a Receita Federal [ID:nN19156022].

Declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também foram monitoradas. Em teleconferência com jornalistas, ele sinalizou esperar que a inflação siga pressionada no médio prazo e que levar a inflação à meta exigirá mais esforço à frente [ID:nN19195137].

No exterior, dados sugerindo solavancos na recuperação econômica dos Estados Unidos chegaram a minar o humor de investidores no início do dia.

O número de norte-americanos pedindo auxílio-desemprego caiu na semana passada, mas um segundo relatório mostrou que a atividade manufatureira da região Meio-Atlântico dos EUA teve forte desaceleração em maio, enquanto as vendas de moradias usadas no país recuram no mês passdo [ID:nN19152753].

Mas as bolsas em Wall Street se recuperaram e conseguiram fechar em alta, ainda que abaixo de importantes níveis de resistência. O voo de 109,4 por cento nas ações da LinkedIn foi destaque no pregão, o primeiro da companhia após levantar 353,8 milhões de dólares com a oferta pública inicial realizada na quarta-feira [ID:nN19274969].

Os fracos relatórios macroeconômicos dos EUA reverberaram negativamente sobre o dólar, que recuava ante uma cesta de divisas <.DXY> por expectativas de que o Federal Reserve possa manter a política monetária afrouxada por mais algum tempo. O euro subia acima de 1,43 dólar, apesar da indefinição sobre o quadro fiscal da Grécia.

Investidores voltaram os olhares também para as discussões sobre o sucessor de Dominique Strauss-Kahn no comando do Fundo Monetário Internacional (FMI), após sua renúncia. Algumas autoridades europeias --como a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker-- apoiam a indicação da ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, para o posto [ID:nN19257750].

Veja a variação dos principais mercados nesta quinta-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,617 real, em alta de 0,31 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,75 por cento, para 62.367 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,31 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,31 por cento, a 35.204 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,29 por cento ao ano, estável ante o ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4305 dólar, ante 1,4245 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 136,500 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,965 por cento ao ano.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> subiu 0,36 por cento, a 12.605 pontos; o S&P 500 <.SPX> ganhou 0,22 por cento, a 1.343 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> avançou 0,30 por cento, a 2.823 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo recuou 1,66 dólar, ou 1,66 por cento, a 98,44 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, tinha leve alta, oferecendo rendimento de 3,1727 por cento ante 3,184 por cento no fechamento anterior.

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