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Mercados europeus fecham sem direção única

Dados sobre emprego e vendas no varejo dos EUA limitaram avanço das bolsas na Europa

Bolsa de Londres: o índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, recuou 0,27% nesta quinta-feira (Peter Macdiarmid/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 15h01.

Londres - As bolsas da Europa fecharam sem direção nesta quinta-feira, após uma sessão volátil em um dia de dados econômicos divergentes e de novas preocupações com a questão fiscal nos Estados Unidos.

A aprovação da ajuda financeira à Grécia no valor de 49,1 bilhões de euros e a criação de um supervisor bancário único na zona do euro não foram suficientes para levantar as bolsas. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,36%, fechando a 279,63 pontos.

O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, afirmou que a ajuda financeira à Grécia aprovada nesta quinta-feira pela zona do euro será dividida em parcelas, com a primeira sendo de quase 40 bilhões de euros. Segundo ele, as parcelas seguintes serão menores e estão previstas para depois. Ele frisou que as últimas parcelas serão condicionadas à implementação de reformas pelo governo grego, principalmente a melhora da coleta de impostos.

Além disso, os ministros europeus anunciaram também nesta quinta-feira o acordo para o supervisor bancário conjunto, que é um pré-requisito para que os fundos de resgate da zona do euro possam recapitalizar diretamente os bancos debilitados do bloco, ajudando assim a romper o elo entre as dívidas bancárias e soberanas.

As boas notícias da manhã, no entanto, esbarraram em dados divergentes nos Estados Unidos que esfriaram o ânimo dos investidores. O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu 29 mil, para 343 mil, na semana até 8 de dezembro, acima da previsão de 25 mil. Já as vendas no varejo, que subiram 0,3% em novembro ante outubro, não alcançaram as expectativas dos economistas, que esperavam alta de 0,5%.


Outro fator de preocupação envolve as negociações para evitar o abismo fiscal nos EUA - uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem caso não haja acordo no Congresso. A incerteza em relação ao futuro ficou ainda maior após o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmar, na quarta-feira (12) que o Fed não tem as ferramentas necessárias para amenizar os efeitos do abismo fiscal no caso da falta de um acordo.

"O abismo fiscal pode ter um efeito devastador na maior economia do mundo, e portanto também na economia global, o que explica a cautela dos investidores", disse o analista da Capital Spreads Angus Campbell.

Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt recuou 0,43%, a 7.581,98 pontos. O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, perdeu 0,10% e fechou a 3.643,13 pontos. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE caiu 0,27%, fechando a 5.929,61 pontos. O destaque da sessão foi a Tullow Oil, que registrou a maior alta do índice (2,9%) após um upgrade do Goldman Sachs.

Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, subiu 0,97%, fechando a 5.615,41 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 teve alta de 0,38%, a 8.017,10 pontos, com o sucesso do leilão de bônus da Espanha. E em Milão, o índice FTSE-Mib ganhou 0,64% e fechou a 15.866,29 pontos, com os bancos puxando as altas no terceiro dia consecutivo de recuperação da bolsa. As informações são da Dow Jones.

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Londres - As bolsas da Europa fecharam sem direção nesta quinta-feira, após uma sessão volátil em um dia de dados econômicos divergentes e de novas preocupações com a questão fiscal nos Estados Unidos.

A aprovação da ajuda financeira à Grécia no valor de 49,1 bilhões de euros e a criação de um supervisor bancário único na zona do euro não foram suficientes para levantar as bolsas. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,36%, fechando a 279,63 pontos.

O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, afirmou que a ajuda financeira à Grécia aprovada nesta quinta-feira pela zona do euro será dividida em parcelas, com a primeira sendo de quase 40 bilhões de euros. Segundo ele, as parcelas seguintes serão menores e estão previstas para depois. Ele frisou que as últimas parcelas serão condicionadas à implementação de reformas pelo governo grego, principalmente a melhora da coleta de impostos.

Além disso, os ministros europeus anunciaram também nesta quinta-feira o acordo para o supervisor bancário conjunto, que é um pré-requisito para que os fundos de resgate da zona do euro possam recapitalizar diretamente os bancos debilitados do bloco, ajudando assim a romper o elo entre as dívidas bancárias e soberanas.

As boas notícias da manhã, no entanto, esbarraram em dados divergentes nos Estados Unidos que esfriaram o ânimo dos investidores. O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu 29 mil, para 343 mil, na semana até 8 de dezembro, acima da previsão de 25 mil. Já as vendas no varejo, que subiram 0,3% em novembro ante outubro, não alcançaram as expectativas dos economistas, que esperavam alta de 0,5%.


Outro fator de preocupação envolve as negociações para evitar o abismo fiscal nos EUA - uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem caso não haja acordo no Congresso. A incerteza em relação ao futuro ficou ainda maior após o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmar, na quarta-feira (12) que o Fed não tem as ferramentas necessárias para amenizar os efeitos do abismo fiscal no caso da falta de um acordo.

"O abismo fiscal pode ter um efeito devastador na maior economia do mundo, e portanto também na economia global, o que explica a cautela dos investidores", disse o analista da Capital Spreads Angus Campbell.

Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt recuou 0,43%, a 7.581,98 pontos. O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, perdeu 0,10% e fechou a 3.643,13 pontos. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE caiu 0,27%, fechando a 5.929,61 pontos. O destaque da sessão foi a Tullow Oil, que registrou a maior alta do índice (2,9%) após um upgrade do Goldman Sachs.

Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, subiu 0,97%, fechando a 5.615,41 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 teve alta de 0,38%, a 8.017,10 pontos, com o sucesso do leilão de bônus da Espanha. E em Milão, o índice FTSE-Mib ganhou 0,64% e fechou a 15.866,29 pontos, com os bancos puxando as altas no terceiro dia consecutivo de recuperação da bolsa. As informações são da Dow Jones.

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