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Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 18h10.
São Paulo - O mau humor internacional contaminou os mercados financeiros domésticos nesta quarta-feira, com a Bovespa recuando ao menor nível desde julho, enquanto o dólar voltou a superar a faixa de 1,60 real.
A bolsa brasileira até ensaiou alguma recuperação em parte do dia, amparada, entre outras, pelas ações da CSN , que avançaram após a empresa divulgar lucro de 616 milhões de reais no primeiro trimestre, aumento de 38 por cento sobre o mesmo período de 2010 [ID:nN0386091].
Mas a piora nos índices de ações em Nova York combinada com mais um dia de queda nos preços do petróleo minou a retomada.
A senha para as preocupações foram dados macroeconômicos indicando fraqueza na recuperação econômica dos Estados Unidos em abril.
O índice do setor de serviços do país desacelerou a 52,8, ao passo que o relatório da ADP Employer Services mostrou que o setor privado gerou 179 mil empregos, menos que as expectativas de economistas, de 198 mil postos [ID:nN04233777].
O aumento da aversão a risco internacional reforçou a demanda por dólares em âmbito local, levando a moeda à maior alta diária em quase seis meses. Nesta sessão, os players souberam que as entradas líquidas de recursos desaceleraram a 1,541 bilhão de dólares em abril, bem abaixo dos 12,66 bilhões de dólares apurados em março [ID:nN04226756].
Os DIs também avançaram, com investidores repercutindo comentários feitos na véspera pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em entrevista à Globo News, Tombini disse que a batalha contra a inflação é um "processo longo" e que a Selic é o principal instrumento para garantir a convergência ao centro da meta, de 4,5 por cento, em 2012 [ID:nN04182235].
Ainda na agenda doméstica, o IBGE informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve em março a menor alta desde julho, de 0,39 por cento, ante 0,60 por cento em fevereiro [ID:nN04180718].
A pauta local de indicadores é bastante fraca na quinta-feira. O mercado vai monitorar a participação do presidente do BC em audiência pública conjunta no Plenário da Comissão Mista de Orçamento, na Câmara dos Deputados, às 10h.
No exterior, destaque para o discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, e para as decisões de política monetária na zona do euro e na Inglaterra.
Veja a variação dos principais mercados nesta quarta-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,605 real, em alta de 1,01 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 1,09 por cento, para 63.615 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,76 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 2,13 por cento, a 35.929 pontos.
JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,35 por cento ao ano, ante 12,32 por cento no ajuste anterior.
EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4817 dólar, ante 1,4826 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 135,438 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,251 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil subia 2 pontos, para 172 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 1 ponto, a 277 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> perdeu 0,66 por cento, a 12.723 pontos; o S&P 500 <.SPX> cedeu 0,69 por cento, a 1.347 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> caiu 0,47 por cento, a 2.828 pontos.
PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo caiu 1,81 dólar, ou 1,63 por cento, a 109,24 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,221 por cento ante 3,251 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ) (Por José de Castro; Edição de Silvio Cascione)