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Bovespa tem leve queda em dia volátil por dados nos EUA

Índice da Bolsa teve variação negativa de 0,26 por cento, a 50.215 pontos. Giro financeiro do pregão foi de 6,3 bilhões de reais


	Fachada do Bovespa: índice iniciou a sessão em alta, mas zerou ganhos após relatório mostrar que o setor privado dos EUA abriu 215 mil postos de trabalho em novembro
 (Bloomberg)

Fachada do Bovespa: índice iniciou a sessão em alta, mas zerou ganhos após relatório mostrar que o setor privado dos EUA abriu 215 mil postos de trabalho em novembro (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 16h59.

São Paulo - Após trocar de sinal várias vezes durante a sessão, o principal índice da Bovespa fechou em leve queda esta quarta-feira, com expectativas sobre redução dos estímulos monetários dos Estados Unidos voltando ao foco em meio a uma bateria de indicadores.

O Ibovespa teve variação negativa de 0,26 por cento, a 50.215 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,3 bilhões de reais.

O índice iniciou a sessão em alta, mas zerou ganhos após o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrar que o setor privado dos EUA abriu 215 mil postos de trabalho em novembro, superando as expectativas de 173 mil, segundo pesquisa Reuters.

Em contrapartida, o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que seu índice de serviços caiu para 53,9 no mês passado, ante 55,4 em outubro e abaixo da previsão de 55,0, fazendo a bolsa subir momentaneamente.

Dados dos EUA têm sido monitorados por investidores em busca de sinais de fortalecimento da economia. Dados fortes ampliam apostas de que o banco central começará logo a reduzir o programa de compra de ativos de 85 bilhões de dólares mensais o que diminuiria a liquidez para ativos mais arriscados.

Assim, o quadro misto fazia com que o mercado voltasse os olhos para o relatório de emprego do Departamento do Trabalho, a ser divulgado na sexta-feira.

"A sequência melhor de dados para o mercado de trabalho colocou de novo a possibilidade de redução de estímulos um pouco antes. Então o mercado agora fica totalmente na expectativa do relatório de emprego", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

A manutenção do pessimismo quanto ao desempenho da economia doméstica também evitou que o Ibovespa esboçasse alguma recuperação depois de ter recuado 4,06 por cento nas duas sessões anteriores, indo ao menor nível em três meses.


"A bolsa está volátil e vai continuar volátil... há uma série de pontos de interrogação para a economia neste ano e para o próximo. Enquanto houver essa situação de desconforto, é melhor fazer movimentos de curto prazo", disse o sócio-diretor da Easynvest Título Corretora Marcio Cardoso.

No front corporativo, as ações da Petrobras encerraram o dia no vermelho. Em comunicado, a estatal afirmou que a aplicação de aumentos de preços de combustíveis não será automática como resultado da fórmula de precificação aprovada no fim da semana passada, acrescentando que a metodologia estabelece "bandas de reajuste" aos preços.

Em relatório, analistas do Itaú BBA afirmaram não esperar que o esclarecimento ajude na performance da ação, "já que parece eliminar qualquer esperança de uma aplicação automática da fórmula secreta".

Na ponta positiva, as ações da Oi subiram mais de 10 por cento. O grupo de telecomunicações anunciou acordo para transferir 2.007 torres de serviços de telefonia celular para a unidade brasileira da norte-americana SBA Communications por 1,525 bilhão de reais.

Na outra ponta, Anhanguera teve uma das principais quedas. A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou impugnar o processo de fusão da empresa de educação com a Kroton , citando preocupação concorrencial.

Contudo, o papel da Kroton fechou com leve valorização.

A ação da Triunfo Participações, que não integra o Ibovespa, caiu 4 por cento, após a empresa vencer o leilão das BR-060/153/262 nesta quarta-feira.

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