São Paulo - As principais ações brasileiras mantinham-se em leve alta nesta segunda-feira, sustentando o maior patamar desde janeiro, em um dia sem indicadores relevantes no mercado internacional.

Às 11h57, o Ibovespa exibia valorização de 0,11 por cento, a 69.341 pontos. A máxima, a 69.625 pontos, foi o maior nível desde 21 de janeiro. O giro finaneiro do pregão era de 1,39 bilhão de reais.

No mesmo horário, o índice Standard & Poor's 500 cedia 0,01 por cento em Nova York, enfrentando há dias uma resistência técnica em torno de 1.333 pontos. O Dow Jones tinha alta de 0,04 por cento.

As principais ações do Ibovespa exibiam um tom negativo. O maior volume cabia ao papel preferencial da Vale , em baixa de 0,08 por cento, a 47,09 reais. O mercado aguarda a possível definição do futuro presidente da mineradora em reunião após o fechamento do mercado.

A incerteza sobre a sucessão na Vale contribuiu para a queda de 4,5 por cento da empresa no mês passado. A equipe de análise do banco Fator, em nota a clientes, preferiu manter exposição abaixo da média do mercado ("underweight") nas ações da mineradora em meio ao imbróglio.

O Credit Suisse, por outro lado, defende a compra dos papéis da Vale, argumentando que a atual cotação da Vale implica preços menores para o minério do que os atuais. Além disso, afirma, os preços do minério de ferro devem continuar subindo por efeitos sazonais na China entre março e maio.

Petrobras PN também recuava, com variação de 0,49 por cento, a 28,60 reais. Apesar da baixa, a estatal mantinha-se dentro da faixa de 28 reais, na qual opera com pouca volatilidade desde 22 de março.

A maior alta do índice cabia à produtora de alimentos Marfrig , com variação de 4,23 por cento, a 15,27 reais. A empresa tem subido desde a semana passada, após a divulgação do balanço do último trimestre de 2010 e da proposta de dividendos a serem pagos este ano.

Os estrangeiros venderam 1,77 bilhão de reais em ações em termos líquidos na Bovespa em março, mostraram dados da bolsa nesta segunda-feira. Com isso, a saída de investidores não-residentes no ano soma cerca de 2,5 bilhões de reais.