Mercado em movimento: Planner inicia cobertura das ações da Cesp com recomendação de compra
Confira as visões dos analistas de mercado para as notícias desta sexta-feira
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2010 às 18h15.
São Paulo - Saiba o que os analistas de mercados comentam na sessão de hoje:
- Pão de açúcar (PCAR5)
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR5) realizou nesta sexta-feira (10) um evento para discutir com analistas as estratégias e os primeiros guidances para seu segmento de Eletro, que incluem as operações da Casas Bahia, Ponto Frio e Extra Eletro.
De olho nesse cenário, a Ativa corretora destaca que além da revisão significativa do valor presente das sinergias, pela primeira vez a administração do grupo começou a explorar melhor o plano estratégico que será implementado na Nova Globex, com destaque para o reposicionamento da marca Ponto Frio e para as reformas que serão feitas tanto nas lojas de Casas Bahia quanto na própria Ponto Frio.
"Entendemos que a companhia está entrando em um difícil processo de integração, considerando especialmente que tratam-se de culturas bastante distintas. Porém, continuamos otimistas com a geração de valor e o potencial de crescimento que Casas Bahia traz para o Grupo Pão de Açúcar", afirma a analista Juliana Campos.
"Chegamos a um novo preço-alvo de 88,12 reais para junho de 2011, frente ao anterior 85,57 reais, com um potencial de ganho de 42,4% sobre a cotação de fechamento de 09 de setembro de 2010. Reiteramos nossa recomendação de compra para o papel, que é o nosso preferido no setor de varejo", finaliza.
- Cesp (CESP6)
A Planner Corretora comunicou nesta sexta-feira (10) o início da cobertura dos papéis da Cesp (CESP6), com recomendação de compra e preço-alvo de 32,60 reais, um potencial de valorização de 28,40%, baseado no fechamento de 09 de setembro de 2010.
"Nossa recomendação é baseada na geração de energia acima de sua capacidade assegurada, desalavancagem no médio prazo e relevante volume de energia disponível para venda a partir de 2013", justifica o analista Rafael Andreata.
Andreata afirma ainda que com a provável renovação das concessões em 2011 e a possível vitória de Geraldo Alckmin (PSDB) para o governo do estado de São Paulo, a corretora acredita que o processo de privatização da empresa será retomado.
"Como ocorrido em 2008, quando houve a tentativa de privatização da empresa, esperamos uma forte disputa por seus ativos, elevando o preço de suas ações, que podem chegar próximo a 50 reais", conclui o analista.
Construção Civil: perspectivas X ações
A Caixa Econômica Federal estima que sua carteira de crédito imobiliário ultrapasse os R$ 70 bilhões em 2010. A projeção foi divulgada nesta semana pela presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho. Segundo ela, o mais importante é que não se trata de um acontecimento sazonal ou isolado, mas sim de um círculo virtuoso sustentável.
De acordo com o balanço divulgado, o volume aplicado em habitação em 2010, até o dia 3 de setembro, soma 47,6 bilhões de reais. Além de recorde, o montante é equivalente a todo o volume atingido no ano passado ( 47,05 bilhões de reais). Comparando com o mesmo período de 2009, o volume de crédito registrou um salto de 87,6%.
A Ativa Corretora destaca a notícia como positiva para as construtoras, considerando que o maior crédito concedido pela CEF para a aquisição de imóveis é um importante driver de crescimento paras das vendas do setor.
"Mantemos a preferência por exposição à PDG Realty, com preço-alvo de 23,43 reais (potencial de valorização de 34%) e também à Brookfield, com preço-alvo de 12,11 reais (potencial de valorização de 36%)", afirma o analista Armando Halfeld.