Mercado aguarda dados sobre emprego nos EUA nesta semana
Expectativa pelos números do mercado de trabalho no país devem movimentar os investidores
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2012 às 15h00.
São Paulo – Os números sobre o mercado de trabalho americano devem movimentar os investidores nos próximos dias. A primeira semana do mês traz os dados do Relatório de Emprego setembro na sexta-feira. A expectativa é a criação de 130 mil postos de trabalho, contra 103 mil postos criados em agosto. Dois dias antes, a empresa ADP traz a situação do mercado privado de trabalho. A estimativa é de que 100 mil empregos foram gerados.
“O grande destaque será o mercado de trabalho americano”, explica a equipe de análise do Santander. “No exterior, as reuniões dos comitês de política monetária na Zona do Euro, Inglaterra e Japão não devem trazer novidades. O mesmo vale de certa maneira para a ata do Fomc nos Estados Unidos”, ressalta o banco. O texto do último encontro do BC americano será publicado na quarta-feira.
No Brasil, o principal evento da semana será o Índice de Preços ao Consumidor-Amplo (IPCA) de setembro na sexta-feira. “Acreditamos que a inflação deva seguir pressionada, principalmente, devido à alta dos preços de alimentos, refletindo problemas climáticos e a depreciação do real ante amoeda americana. Porém, as políticas recém adotadas para expansão da atividade econômica também refletem em aumento de todos os preços da economia”, afirma o Santander. A estimativa é de uma alta de 0,53%.
Semana passada
O mercado viveu nos últimos dias uma piora no sentimento por conta da renovação das preocupações com o ambiente político e econômico na Espanha . O resultado de estresse dos bancos do país revelou que o setor precisa de 59,3 bilhões de euros (76,3 bilhões de dólares) em capital para lidar com um cenário de queda aguda da economia do país. Os resultados irão ajudar a Espanha a determinar quanto dinheiro irá precisar pedir à União Europeia como parte da linha de 100 bilhões de euros disponível.
“Nesta semana, a atenção dos investidores voltou-se, mais uma vez, para a Europa, com as preocupações em torno da situação financeira da Espanha e Grécia pesando negativamente sobre os principais índices internacionais. Neste cenário, as autoridades europeias ainda se mostram dispostas a ajudar tais países, porém não mais por muito tempo”, explica a Ágora Corretora em um relatório.