Melhora externa e movimento técnico puxam taxas dos DIs
Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 309.620 contratos, marcava 9,90%
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 16h13.
São Paulo - O mercado futuro de juros se ancorou no momentâneo alívio externo, com alguns indicadores favoráveis de Estados Unidos e zona do euro, e no movimento de fechamento de posições por parte de alguns investidores, devido à proximidade do fim do ano, para experimentar mais um dia de recomposição de prêmios. Com isso, a forte desaceleração do IGP-10 em dezembro para 0,19%, ante 0,44% em novembro, ficou em segundo plano, enquanto o bom resultado de um leilão de títulos promovido pela Espanha ajudou a dar suporte para os mercados.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 309.620 contratos, marcava 9,90%, nivelado ao ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (207.625 contratos) subia a 10,27%, de 10,22% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (48.495 contratos) indicava 10,85%, de 10,82% ontem, e o DI janeiro de 2021 (8.125 contratos) avançava para 11,04%, de 11,02% no ajuste.
O dia começou com boas notícias. Apesar de ainda indicar retração, a leitura preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) na China subiu a 49,0 em dezembro, ante o nível de 47,7 do final de novembro. Na zona do euro, o PMI avançou para 47,9 neste mês, de 47,0 em novembro e acima das projeções para queda de 46,5. Além disso, um dos países no qual reside boa parte das desconfianças dos investidores, a Espanha, teve bom resultado em seu leilão de títulos. O governo espanhol vendeu 6,028 bilhões de euros em três títulos com vencimentos diferentes, bem acima da quantia estipulada. No lote de título mais curto, com vencimento em janeiro de 2016, o yield (retorno ao investidor) máximo foi de 4,058%, bem abaixo da taxa de 5,280% oferecida no leilão de 1º de dezembro.
No meio do dia, alguns indicadores norte-americanos ajudaram a manter o movimento de alta nas bolsas, com consequente desvalorização do dólar. O número de pedidos de auxílio-desemprego recuou 19 mil, para 366 mil, na semana passada, o menor nível desde maio de 2008 - os economistas esperavam alta de 9 mil solicitações. O índice de atividade Empire State subiu para 9,53 em dezembro, bem acima da previsão de alta de 3,0.
Internamente, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou o IGP-10 abaixo da mediana encontrada pelo AE Projeções, que era de 0,33%. O resultado foi influenciado, principalmente, pelas taxas negativas de algumas commodities, como soja (-3,66%), milho (-4,66%) e minério de ferro (-4,62%). Durante a tarde, ainda que sem fazer preço no mercado, o governo anunciou que a arrecadação federal somou R$ 78,968 bilhões em novembro. O valor superou em 6,39% o desempenho de novembro do ano passado em termos reais, mas registrou queda real de 11,47% na comparação com outubro.
São Paulo - O mercado futuro de juros se ancorou no momentâneo alívio externo, com alguns indicadores favoráveis de Estados Unidos e zona do euro, e no movimento de fechamento de posições por parte de alguns investidores, devido à proximidade do fim do ano, para experimentar mais um dia de recomposição de prêmios. Com isso, a forte desaceleração do IGP-10 em dezembro para 0,19%, ante 0,44% em novembro, ficou em segundo plano, enquanto o bom resultado de um leilão de títulos promovido pela Espanha ajudou a dar suporte para os mercados.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 309.620 contratos, marcava 9,90%, nivelado ao ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (207.625 contratos) subia a 10,27%, de 10,22% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (48.495 contratos) indicava 10,85%, de 10,82% ontem, e o DI janeiro de 2021 (8.125 contratos) avançava para 11,04%, de 11,02% no ajuste.
O dia começou com boas notícias. Apesar de ainda indicar retração, a leitura preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) na China subiu a 49,0 em dezembro, ante o nível de 47,7 do final de novembro. Na zona do euro, o PMI avançou para 47,9 neste mês, de 47,0 em novembro e acima das projeções para queda de 46,5. Além disso, um dos países no qual reside boa parte das desconfianças dos investidores, a Espanha, teve bom resultado em seu leilão de títulos. O governo espanhol vendeu 6,028 bilhões de euros em três títulos com vencimentos diferentes, bem acima da quantia estipulada. No lote de título mais curto, com vencimento em janeiro de 2016, o yield (retorno ao investidor) máximo foi de 4,058%, bem abaixo da taxa de 5,280% oferecida no leilão de 1º de dezembro.
No meio do dia, alguns indicadores norte-americanos ajudaram a manter o movimento de alta nas bolsas, com consequente desvalorização do dólar. O número de pedidos de auxílio-desemprego recuou 19 mil, para 366 mil, na semana passada, o menor nível desde maio de 2008 - os economistas esperavam alta de 9 mil solicitações. O índice de atividade Empire State subiu para 9,53 em dezembro, bem acima da previsão de alta de 3,0.
Internamente, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou o IGP-10 abaixo da mediana encontrada pelo AE Projeções, que era de 0,33%. O resultado foi influenciado, principalmente, pelas taxas negativas de algumas commodities, como soja (-3,66%), milho (-4,66%) e minério de ferro (-4,62%). Durante a tarde, ainda que sem fazer preço no mercado, o governo anunciou que a arrecadação federal somou R$ 78,968 bilhões em novembro. O valor superou em 6,39% o desempenho de novembro do ano passado em termos reais, mas registrou queda real de 11,47% na comparação com outubro.