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Melhora do setor manufatureiro faz Europa fechar em alta

Dados mostraram recuperação do setor manufatureiro na zona do euro, na China e nos Estados Unidos


	Mulher olha painel com movimento do índice FTSE 100, da bolsa de Londres: nessa cidade, o índice ganhou 0,82% e encerrou a sessão a 6.652,61 pontos
 (Lionel Healing/Stringer)

Mulher olha painel com movimento do índice FTSE 100, da bolsa de Londres: nessa cidade, o índice ganhou 0,82% e encerrou a sessão a 6.652,61 pontos (Lionel Healing/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 14h24.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em alta nesta terça-feira, 1, após dados que mostraram recuperação do setor manufatureiro na zona do euro, na China e nos Estados Unidos.

Traders afirmaram que os comentários "dovish" - mais pacífica - da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, também ajudaram a aumentar o apetite dos investidores por risco na sessão de hoje, assim como a confiança de que o Banco Central Europeu (BCE) manterá as taxas de juros baixas por mais tempo.

O índice Stoxx 600 avançou 0,61%, para 336,35 pontos.

A rodada de índices de gerentes de compras (PMI) do setor industrial teve início na segunda-feira, 31 de março, à noite na China. O PMI oficial do gigante asiático subiu ligeiramente em março, a 50,3, de 50,2 em fevereiro, avançando pela primeira vez em seis meses. Por outro lado, o PMI chinês medido pela Markit e pelo HSBC recuou para 48,0, de 48,5, na mesma comparação.

Números acima de 50 indicam expansão de atividade e resultados abaixo dessa marca sugerem contração. Como a pesquisa oficial da China conta com uma amostragem muito maior, prevaleceu a leitura de que a atividade manufatureira do país se estabilizou após os recuos dos últimos meses.

Na zona do euro, o PMI industrial caiu para 53,0 no mês passado, de 53,2 em fevereiro, mas veio em linha com a expectativa. O que realmente pesou, porém, foi a avaliação de que a recuperação no bloco está se tornando mais equilibrada, com avanços do indicador na França, Itália, Espanha e Irlanda, e desaceleração na Alemanha.


Os números dos EUA também agradaram. O PMI da Markit caiu a 55,5 em março, de 57,1 em fevereiro, mas ficou em linha com a leitura preliminar do mês. Enquanto isso, o índice de atividade industrial medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) avançou para 53,7, de 53,2 em fevereiro, embora tenha vindo um pouco abaixo da previsão de 53,9.

As bolsas europeias reagiram aos PMIs e também, com certo atraso, à fala de Yellen, que ontem sugeriu que as taxas de juros dos EUA continuarão estáveis até que o país apresente sinais mais consistentes de recuperação. Para a presidente do Fed, a situação atual indica que a economia norte-americana está longe de poder ser considerada "saudável".

Nesse cenário, na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 avançou 0,80% e fechou a 4.426,72 pontos. A bolsa francesa foi destaque hoje por ter alcançado durante a sessão o maior nível desde setembro de 2008, a 4.433 pontos.

Os bancos franceses ficaram entre as maiores altas após terem suas ações recomendadas, com Société Générale (+4,4%), Crédit Agricole (+4,1%) e BNP Paribas (+2,7%).

O índice DAX da Bolsa de Frankfurt subiu 0,50% e fechou a 9.603,71 pontos. O Commerzbank liderou os ganhos, com alta de 3,7%. A ThyssenKrupp subiu 2,3% e a Heidelberg Cement avançou 2,1%.

Em Londres, o índice FTSE ganhou 0,82% e encerrou a sessão a 6.652,61 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 teve alta de 1,19% e fechou a 10.463,10 pontos. O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, subiu 1,03%, fechando a 21.915,41 pontos. Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, fechou com ganho de 1,67%, a 7.734,95 pontos.

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