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Medo de abismo fiscal nos EUA volta a pesar e Ibovespa cai

Movimento de alta de papeis de construtoras não se sustentou e Ibovespa recuou 1,1 por cento

Interior da bolsa brasileira de valores, a Bovespa: alta máxima do principal índice brasileiro foi de 0,54 por cento (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 18h03.

As preocupações com o chamado abismo fiscal nos Estados Unidos pesaram na Bovespa nesta terça-feira, após o mercado acionário doméstico ter operado em torno do zero boa parte do dia.

O Ibovespa caiu 1,1 por cento, a 57.563 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 9,5 bilhões de reais.

O índice chegou a subir 0,54 por cento na máxima, com ganhos das ações de construtoras, após o governo anunciar medidas de incentivo para o setor, mas o movimento não se sustentou.

Declarações do presidente norte-americano, Barack Obama, pela tarde, esfriaram os ânimos nos mercados internacionais, movimento acompanhado pela bolsa paulista.

"A Bovespa estava na contramão (dos mercados extenos) no começo do dia. As vendas começaram com o receio do abismo fiscal após declarações do Obama", disse Luiz Gustavo Pereira, estrategista na Futura Corretora, em São Paulo.


Obama rejeitou nesta terça-feira uma proposta do Partido Republicano para resolver um impasse fiscal e classificou-a como "desequilibrada", acrescentando que qualquer acordo deve incluir aumento no imposto de renda para os mais ricos.

Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha variação positiva de 0,08 por cento, às 18x14 (horário de Brasília), e o S&P 500 caía 0,04 por cento.

No plano doméstico, as elétricas fecharam no vermelho, revertendo da abertura positiva. A preferencial da Eletrobras caiu 1,87 por cento, a 9,45 reais, enquanto a ordinária perdeu 2,01 por cento, a 7,30 reais, após a empresa assinar contrato de renovação de concessões.

Cemig, que decidiu renovar contratos de concessão de transmissão, mas não os de geração, caiu 2,44 por cento, a 24,80 reais.

A exceção no setor ficou com Cteep, com ganhos de 5,2 por cento, a 31,98 reais, após declarações de executivos em teleconferência sobre as indenizações a serem recebidas pela concessão que será renovada.


No setor de construção, os papéis chegaram a subir forte após o anúncio do governo de um pacote de medidas incluindo desoneração da folha de pagamento e linha de crédito de 2 bilhões de reais. Porém, em seguida inverteram o sinal.

PDG Realty cedeu 1,9 por cento, Gafisa recuou 3,61 por cento, Brookfield caiu 2,64 por cento e MRV Engenharia perdeu 1,02 por cento.

Marfrig desabou 15,5 por cento, a 9,05 reais, no dia da precificação da oferta pública primária de ações, com a qual busca levantar mais de 1 bilhão de reais.

Na outra ponta, MMX, mineradora do grupo EBX, do empresário Eike Batista, subiu 6,18 por cento, a 3,95 reais, após seu Conselho de Administração ter aprovado na véspera um aumento de capital de 1,37 bilhão de reais. O valor proposto por ação para emissão é de 3,92 reais.

Entre as blue chips, a preferencial da Petrobras caiu 0,95 por cento, a 18,82 reais, enquanto a da Vale perdeu 1,69 por cento, a 36,06 reais.

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As preocupações com o chamado abismo fiscal nos Estados Unidos pesaram na Bovespa nesta terça-feira, após o mercado acionário doméstico ter operado em torno do zero boa parte do dia.

O Ibovespa caiu 1,1 por cento, a 57.563 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 9,5 bilhões de reais.

O índice chegou a subir 0,54 por cento na máxima, com ganhos das ações de construtoras, após o governo anunciar medidas de incentivo para o setor, mas o movimento não se sustentou.

Declarações do presidente norte-americano, Barack Obama, pela tarde, esfriaram os ânimos nos mercados internacionais, movimento acompanhado pela bolsa paulista.

"A Bovespa estava na contramão (dos mercados extenos) no começo do dia. As vendas começaram com o receio do abismo fiscal após declarações do Obama", disse Luiz Gustavo Pereira, estrategista na Futura Corretora, em São Paulo.


Obama rejeitou nesta terça-feira uma proposta do Partido Republicano para resolver um impasse fiscal e classificou-a como "desequilibrada", acrescentando que qualquer acordo deve incluir aumento no imposto de renda para os mais ricos.

Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha variação positiva de 0,08 por cento, às 18x14 (horário de Brasília), e o S&P 500 caía 0,04 por cento.

No plano doméstico, as elétricas fecharam no vermelho, revertendo da abertura positiva. A preferencial da Eletrobras caiu 1,87 por cento, a 9,45 reais, enquanto a ordinária perdeu 2,01 por cento, a 7,30 reais, após a empresa assinar contrato de renovação de concessões.

Cemig, que decidiu renovar contratos de concessão de transmissão, mas não os de geração, caiu 2,44 por cento, a 24,80 reais.

A exceção no setor ficou com Cteep, com ganhos de 5,2 por cento, a 31,98 reais, após declarações de executivos em teleconferência sobre as indenizações a serem recebidas pela concessão que será renovada.


No setor de construção, os papéis chegaram a subir forte após o anúncio do governo de um pacote de medidas incluindo desoneração da folha de pagamento e linha de crédito de 2 bilhões de reais. Porém, em seguida inverteram o sinal.

PDG Realty cedeu 1,9 por cento, Gafisa recuou 3,61 por cento, Brookfield caiu 2,64 por cento e MRV Engenharia perdeu 1,02 por cento.

Marfrig desabou 15,5 por cento, a 9,05 reais, no dia da precificação da oferta pública primária de ações, com a qual busca levantar mais de 1 bilhão de reais.

Na outra ponta, MMX, mineradora do grupo EBX, do empresário Eike Batista, subiu 6,18 por cento, a 3,95 reais, após seu Conselho de Administração ter aprovado na véspera um aumento de capital de 1,37 bilhão de reais. O valor proposto por ação para emissão é de 3,92 reais.

Entre as blue chips, a preferencial da Petrobras caiu 0,95 por cento, a 18,82 reais, enquanto a da Vale perdeu 1,69 por cento, a 36,06 reais.

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