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Marfrig vê cenário favorável para abrir capital de exterior

Abertura de capital de unidades no exterior seria forma de acelerar seu crescimento orgânico e reduzir o endividamento da companhia

Marfrig: operações externas da companhia, que incluem a Moy Park, no Reino Unido, e a Keystone, nos EUA e Ásia, respondem por cerca de 50 por cento da receita da companhia (Cláudio Rossi/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 11h33.

São Paulo - A Marfrig Alimentos , segunda maior processadora de carne bovina no Brasil, vê um cenário externo favorável e estuda a abertura de capital de suas unidades no exterior como forma de acelerar seu crescimento orgânico e reduzir o endividamento da companhia, disse o presidente executivo da companhia nesta segunda-feira.

As operações externas da companhia, que incluem a Moy Park, no Reino Unido, e a Keystone, nos EUA e Ásia, respondem por cerca de 50 por cento da receita da companhia.

"O ano de 2014 se mostra parecido com 2007... pelo número de IPOs (abertura de capital). Você tem um grupo de acionistas lá fora que adora a empresa. Tem fundos na Inglaterra que adorariam investir na Moy Park. Existe muito valor aqui", disse o presidente da Marfrig, Sérgio Rial, em conferência com jornalistas.

O executivo reforçou que eventuais IPOs não são um compromisso da companhia, mas uma possibilidade em estudo, já que a empresa vê um cenário externo melhor do que aqui no mercado doméstico.

"No Brasil, o cenário está adverso para IPOs, é por isso que estamos vendo abertura de capital lá fora. Isso seria um acelerador para captura de valor para o grupo, independente do cenário financeiro, do operacional ou de câmbio", acrescentou o executivo.

Segundo ele, o valor destas unidades no exterior tende a ser superior ao do Grupo Marfrig, considerando-se como indicador o valor de mercado da empresa versus o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que atualmente está em 5,7 vezes. Este indicador é usado como referência pelo mercado no momento de precificar ou avaliar o valor de um ativo.

A medida seria mais um passo da empresa na tentativa de reduzir o seu endividamento e voltar a registrar lucro.


A empresa fechou o último trimestre de 2013 com prejuízo de 83,4 milhões de reais e somou prejuízo de 816 milhões de reais em 2013, em comparação com um lucro líquido de 264 milhões de reais do ano anterior, segundo informações divulgadas no domingo.

Ao longo do ano passado, a empresa adotou medidas para reduzir débitos e custos financeiros, incluindo a venda da Seara para a JBS, em operação que incluiu transferência de dívidas de quase 6 bilhões de reais.

Neste ano, a Marfrig não descarta fazer emissões ou recompra de bônus para reduzir seus custos financeiros, disse Sérgio Rial.

"O mercado de renda está dizendo que a Marfrig tem chances de reduzir a despesa financeira. Ele mostra que os nossos 'bonds' já estão melhor precificados, num contexto de novembro para cá", disse o executivo, referindo-se à alta dos títulos da Marfrig em relação a seus concorrentes no último trimestre.

Uma das grandes possibilidades para a empresa é redução do custo financeiro, com uma gestão da curva de juros, disse ele.

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São Paulo - A Marfrig Alimentos , segunda maior processadora de carne bovina no Brasil, vê um cenário externo favorável e estuda a abertura de capital de suas unidades no exterior como forma de acelerar seu crescimento orgânico e reduzir o endividamento da companhia, disse o presidente executivo da companhia nesta segunda-feira.

As operações externas da companhia, que incluem a Moy Park, no Reino Unido, e a Keystone, nos EUA e Ásia, respondem por cerca de 50 por cento da receita da companhia.

"O ano de 2014 se mostra parecido com 2007... pelo número de IPOs (abertura de capital). Você tem um grupo de acionistas lá fora que adora a empresa. Tem fundos na Inglaterra que adorariam investir na Moy Park. Existe muito valor aqui", disse o presidente da Marfrig, Sérgio Rial, em conferência com jornalistas.

O executivo reforçou que eventuais IPOs não são um compromisso da companhia, mas uma possibilidade em estudo, já que a empresa vê um cenário externo melhor do que aqui no mercado doméstico.

"No Brasil, o cenário está adverso para IPOs, é por isso que estamos vendo abertura de capital lá fora. Isso seria um acelerador para captura de valor para o grupo, independente do cenário financeiro, do operacional ou de câmbio", acrescentou o executivo.

Segundo ele, o valor destas unidades no exterior tende a ser superior ao do Grupo Marfrig, considerando-se como indicador o valor de mercado da empresa versus o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que atualmente está em 5,7 vezes. Este indicador é usado como referência pelo mercado no momento de precificar ou avaliar o valor de um ativo.

A medida seria mais um passo da empresa na tentativa de reduzir o seu endividamento e voltar a registrar lucro.


A empresa fechou o último trimestre de 2013 com prejuízo de 83,4 milhões de reais e somou prejuízo de 816 milhões de reais em 2013, em comparação com um lucro líquido de 264 milhões de reais do ano anterior, segundo informações divulgadas no domingo.

Ao longo do ano passado, a empresa adotou medidas para reduzir débitos e custos financeiros, incluindo a venda da Seara para a JBS, em operação que incluiu transferência de dívidas de quase 6 bilhões de reais.

Neste ano, a Marfrig não descarta fazer emissões ou recompra de bônus para reduzir seus custos financeiros, disse Sérgio Rial.

"O mercado de renda está dizendo que a Marfrig tem chances de reduzir a despesa financeira. Ele mostra que os nossos 'bonds' já estão melhor precificados, num contexto de novembro para cá", disse o executivo, referindo-se à alta dos títulos da Marfrig em relação a seus concorrentes no último trimestre.

Uma das grandes possibilidades para a empresa é redução do custo financeiro, com uma gestão da curva de juros, disse ele.

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