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Maioria das bolsas europeias fecha em alta

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em alta, em sua maioria, após companhias do setor varejista dos Estados Unidos apresentarem resultados relativamente fortes referentes ao segundo trimestre, diminuindo parcialmente a preocupação com a recuperação da economia do país. Os investidores, no entanto, estão aguardando detalhes sobre a proposta da […]

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 14h58.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em alta, em sua maioria, após companhias do setor varejista dos Estados Unidos apresentarem resultados relativamente fortes referentes ao segundo trimestre, diminuindo parcialmente a preocupação com a recuperação da economia do país. Os investidores, no entanto, estão aguardando detalhes sobre a proposta da Alemanha e da França para aplicar um imposto sobre operações financeiras na zona do euro, o que acrescentou uma pitada de cautela ao pregão de hoje.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,21%, para 238,05 pontos. A Vestas Wind Systems teve o ganho mais acentuado entre os componentes do índice, avançando quase 24% em Copenhague depois de divulgar resultados mais fortes do que se esperava para o segundo trimestre.

Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 0,49%, para 5.331,60 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 0,73%, para 3.254,34 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 0,77%, a 5.948,94 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB subiu 1,27%, para 15.950,75 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, avançou 0,62%, para 8.728,20 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,84%, para 6.289,82 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 0,17%, para 1.010,76 pontos.

As ações de bancos e outras instituições financeiras fecharam majoritariamente em baixa depois de a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, terem anunciado ontem que vão propor um novo imposto sobre as operações financeiras. As ações do London Stock Exchange Group recuaram 2,8%, a Deutsche Boerse perdeu 5,8% e os papéis da NYSE Euronext negociados em Paris tiveram declínio de 4,7%. No setor bancário, o Royal Bank of Scotland perdeu 3,8%, enquanto o Deutsche Bank teve queda de 2,2%.

Merkel e Sarkozy também afirmaram ontem ser contrários à ideia de criar um bônus da zona do euro por acreditarem que esse tipo de ferramenta prejudicaria membros do bloco monetário com uma posição fiscal mais saudável e também porque não acham que esses títulos ajudariam a solucionar a atual crise das dívidas soberanas europeias.

Philip Isherwood, estrategista de ações da Evolution Securities, disse que os investidores não deveriam estar surpresos com a falta de um plano que envolva os chamados eurobônus. "É um processo lento. Isso sugere que eles estão caminhando na direção certa, mas o problema é o ritmo em que eles andam, que é ditado pelo mercado". Segundo ele, as bolsas se acalmaram recentemente e isso talvez tenha diminuído o senso de urgência das autoridades.

Isherwood disse também que será difícil implementar um novo imposto sobre as operações financeiras porque o mecanismo precisaria ser adotado por toda a Europa. "Tenho certeza que Merkel não gostaria de ver Frankfurt em desvantagem quando comparada a outros centros europeus", acrescentou.

Em outros setores, a cervejaria britânica SABMiller avançou 1% depois de anunciar que vai fazer uma oferta hostil de aproximadamente US$ 10 bilhões pelo Foster's Group. Em Zurique, os papéis da Roche avançaram 1,7% depois de a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA ter aprovado uma droga da companhia para o combate ao câncer de pele. As informações são da Dow Jones.

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