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Magazine Luiza discutirá com acionistas desdobramento de ações

ÀS SETE - Os investidores decidem nesta segunda se desdobrarão cada papel, atualmente cotado a R$ 564, seja desdobrado em oito da mesma espécie

Magazine Luiza: o objetivo é aumentar a liquidez e torná-los mais acessíveis aos investidores (Germano Luders/Exame)

Magazine Luiza: o objetivo é aumentar a liquidez e torná-los mais acessíveis aos investidores (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 05h58.

Última atualização em 4 de setembro de 2017 às 07h02.

Uma empresa com desempenho sem precedentes na história recente da bolsa vai reunir seus investidores nesta segunda-feira para deliberar sobre um assunto que pode fazer seu valor crescer ainda mais.

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A varejista Magazine Luiza realiza assembleia na qual seus acionistas votarão sobre a proposta de desdobramento das ações ordinárias da companhia.

O objetivo é que cada papel, atualmente cotado a 564,14 reais, seja desdobrado em oito da mesma espécie para aumentar a liquidez e torná-los mais acessíveis aos investidores.

Nos últimos 12 meses, as ações da companhia acumulam uma valorização de 816%. Desde o início de 2016, quando os papéis começaram a subir, a valorização ultrapassa os 3.845%.

Isso significa que quem comprou o equivalente a 5.000 reais em ações da empresa no início de 2016 tem hoje 197.250 reais. Neste mesmo período, o Ibovespa subiu cerca de 66%.

A virada do Magazine Luiza começou em 2016, quando a estratégia da companhia de manter suas operações online e física unificadas começou a mostrar resultados.

A recuperação aconteceu justamente no mesmo período em que as grandes concorrentes, Via Varejo (que reúne Casas Bahia e Ponto Frio) e a varejista online B2W (Submarino e Americanas.com), viam o prejuízo crescer diante da crise econômica brasileira.

Em maio deste ano, a margem de geração de caixa do Magazine Luiza chegou a 8,7%, a maior de sua história. A empresa, que chegou a valer 280 milhões de reais (apenas 3% de seu faturamento na época), hoje vale 12 bilhões de reais.

A dúvida agora é até onde as ações podem ir. Sob qualquer múltiplo que se olhe, a empresa parece cara. A empresa é negociada a mais de 40 vezes o lucro estimado para o ano de 2017 e 16 vezes o seu valor patrimonial.

Segundo levantamento da consultoria Economática, apenas outras sete companhias tiveram valorização de mais de 500% em seus papéis em 12 meses de 2003 para cá. Todas elas tiveram problemas depois da valorização. Será o Magazine Luiza a exceção?

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