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Machado Meyer vê pelo menos 12 IPOs e 30 fusões no País em 2011

Empresas de infraestrutura, saúde, “varejo voltado à saúde”, entretenimento e de construção civil estão entre as que deverão vender ações no mercado ainda neste ano

Segundo o escritório, 2011 pode superar 2010 em quantidade e volume de ofertas, excluindo a operação da Petrobrás (Getty Images)

Segundo o escritório, 2011 pode superar 2010 em quantidade e volume de ofertas, excluindo a operação da Petrobrás (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 18h18.

São Paulo - A bolsa brasileira deve ter pelo menos 20 ofertas de ações neste ano, sendo 12 delas aberturas de capital, considerando as que estão sendo assessoradas pelo escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. Na área de fusões e aquisições, o escritório analisa cerca de 30 operações.

“Embora sejam de setores distintos, nossa expectativa é de que a gente tenha um número bem mais relevante de IPOs neste ano, seguidos de alguns follow-ons, algumas dezenas aí para 2011 ainda”, disse Daniel Facó, 37 anos, sócio da área de mercado de capitais, em entrevista ontem na Bloomberg em São Paulo.

Em 2010, o País teve 22 ofertas públicas de ações, que captaram no total R$ 149 bilhões, segundo o website da BM&FBovespa SA. Segundo a bolsa, neste ano até agora já ocorreram nove operações, que levantaram um total de R$ 5 bilhões.

Empresas de infraestrutura, como de rodovias, eletricidade e logística, saúde, “varejo voltado à saúde”, entretenimento e de construção civil estão entre as que deverão vender ações no mercado ainda neste ano, disse Facó.

Segundo ele, 2011 pode superar 2010 em quantidade e volume de ofertas, excluindo a operação da Petróleo Brasileiro SA. A estatal levantou R$ 120 bilhões em uma venda de ações em setembro do ano passado. O Machado Meyer atuou na coordenação da operação da Petrobras.

M&A recordes

Em fusões e aquisições, o escritório analisa operações em setores como a cadeia de varejo, que vai do consumo ao tratamento de resíduos, e infraestrutura, disse o sócio Flavio Meyer, 35.

“Este ano deve ser melhor em termos de volume de operações e quantidade de operações do que o ano passado”, quando foi fechado um número próximo de negócios, disse Meyer ontem, também em entrevista na Bloomberg em São Paulo.

Em 2010, o Brasil teve o maior valor e número de fusões e aquisições em pelo menos 12 anos puxado pelo crescimento da economia, segundo dados compilados pela Bloomberg. Foram realizados 482 negócios de fusões e aquisições, com volume de US$ 146,4 bilhões.

A economia do País, a maior da América Latina, cresceu 7,5 por cento, a taxa mais acelerada desde 1986.

As medidas anunciadas pelo governo brasileiro para conter a entrada de dólares e o receio de novos aumentos na taxação do investimento estrangeiro têm segurado as ofertas de ações no País, pois “encarecem o custo do investimento”, disse Facó.

“Isso faz com que naturalmente haja menos disponibilidade de recursos para essas ofertas e, quanto maior o custo, menor o interesse, é natural”, disse ele.

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