Klabin agrada no balanço, mas ação tem pouco fôlego, diz BB
Com alta de quase 50% no ano, papéis da empresa têm força para mais 15% até o final de 2013, segundo analista
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2012 às 13h37.
São Paulo – O desempenho da Klabin ( KLBN4 ) no terceiro trimestre parece ter agradado o BB Investimentos. O analista Victor Penna destaca em relatório que a maior produtora e exportadora de papéis do Brasil soube aproveitar a melhora, ainda que tímida, na economia doméstica.
“Ressaltamos também a queda no custo nos produtos vendidos mesmo diante dos maiores volumes comercializados, que refletem a eficiência da Klabin em seu programa de redução de custos ao longo dos últimos meses”, avalia Penna.
A análise considera que a demanda de papel no mercado doméstico tende a se manter forte, assim como nos principais mercados internacionais em que a companhia atua: América Latina, Ásia e, com menor participação, Europa. “Os preços alcançaram um patamar robusto que, em nossa opinião deverão se manter pelos próximos anos”, projeta o analista.
O preço alvo às ações preferenciais da Klabin foi fixado em 12,70 reais para o final de 2013, um potencial de valorização de aproximadamente 15%. A recomendação foi classificada em desempenho em linha com a média de mercado, devido ao limitado potencial de ganhos.
Vale lembrar que a análise do BB Investimentos não considera a construção da nova fábrica de celulose anunciada pela Klabin no segundo semestre do ano passado, com capacidade produtiva de 1,5 milhão de toneladas de celulose e cujo início das operações está previsto para 2015, já que a mesma depende da aprovação do conselho de administração da companhia.
Números recentes
As ações da Klabin acumulam uma valorização de 45% em 2012, enquanto o Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, sobe apenas 1% no período.
A empresa encerrou o terceiro trimestre de 2012 com lucro líquido de 330 milhões de reais, revertendo o prejuízo reportado no mesmo período de 2011, de 243 milhões de reais.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro alcançou 605 milhões de reais, uma expansão de 904% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.