Juros têm leve queda após declarações de Tombini
Em pronunciamento, o presidente do BC disse que a inflação em 2013 será inferior à de 2012
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 16h09.
São Paulo - O mercado de juros começou a semana com leve queda, reagindo a declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Ao dizer que a inflação de 2013 será menor do que a deste ano, ele reforçou a percepção de que a Selic deverá continuar estável ao longo do próximo ano e anulou, no comportamento das taxas, a piora registrada pelos índices de inflação conhecidos hoje. O baixo volume de negócios favoreceu a volatilidade das taxas ao longo do dia. Tanto que, durante a tarde, a queda perdeu um pouco de vigor.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o contrato para janeiro de 2014 (74.330 contratos) estava em 7,08%, ante 7,09% do ajuste, enquanto o DI para janeiro de 2015 (42.920 contratos) apontava 7,62%, de 7,63%. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (40.910 contratos) indicava 8,44%, ante 8,45% no ajuste, e o contrato para janeiro de 2021 (apenas 500 contratos) tinha taxa de 9,14%, de 9,16% na sexta-feira.
Logo cedo, em café da manhã com jornalistas, Tombini afirmou que há uma série de fatores que apontam na mesma direção da visão do BC, de que a inflação será menor em 2013, entre eles a moderação da evolução dos salários e o crescimento do crédito em um ritmo mais modesto. Tombini também disse que a economia brasileira registrou no terceiro trimestre uma retomada mais lenta do que se supunha, mas que o crescimento é firme e está ganhando velocidade.
Enquanto isso, porém, a inflação corrente segue pressionada. O IGP-10 subiu 0,63% em dezembro, após cair 0,28% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado superou o teto do intervalo de estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, (+0,60%). A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), por sua vez, acelerou para 0,73% na segunda quadrissemana deste mês, de 0,63% no período imediatamente anterior.
Mas o mercado financeiro parece não estar totalmente convencido de que o cenário traçado por Tombini irá se concretizar. No boletim Focus, do Banco Central, a previsão de expansão do PIB caiu de 1,03% para 1,00% neste ano e de 3,50% para 3,40% no próximo ano. Quanto à inflação, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,58% para 5,60% em 2012 e de 5,40% para 5,42% em 2013. A estimativa para a Selic seguiu em 7,25% ao ano até o fim de 2013.
No exterior, as notícias de que os republicanos apresentaram uma nova proposta para redução do déficit dos EUA, que admite aumentos de impostos para os mais ricos, deram força para as bolsas norte-americanas e ofuscaram o dado fraco sobre a atividade manufatureira na região de Nova York. Além disso, a vitória da oposição nas eleições gerais do Japão, que abriu caminho para novas medidas de estímulo à economia, também forneceu certa sustentação para as bolsas, ao mesmo tempo que enfraqueceu o iene.
São Paulo - O mercado de juros começou a semana com leve queda, reagindo a declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Ao dizer que a inflação de 2013 será menor do que a deste ano, ele reforçou a percepção de que a Selic deverá continuar estável ao longo do próximo ano e anulou, no comportamento das taxas, a piora registrada pelos índices de inflação conhecidos hoje. O baixo volume de negócios favoreceu a volatilidade das taxas ao longo do dia. Tanto que, durante a tarde, a queda perdeu um pouco de vigor.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o contrato para janeiro de 2014 (74.330 contratos) estava em 7,08%, ante 7,09% do ajuste, enquanto o DI para janeiro de 2015 (42.920 contratos) apontava 7,62%, de 7,63%. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (40.910 contratos) indicava 8,44%, ante 8,45% no ajuste, e o contrato para janeiro de 2021 (apenas 500 contratos) tinha taxa de 9,14%, de 9,16% na sexta-feira.
Logo cedo, em café da manhã com jornalistas, Tombini afirmou que há uma série de fatores que apontam na mesma direção da visão do BC, de que a inflação será menor em 2013, entre eles a moderação da evolução dos salários e o crescimento do crédito em um ritmo mais modesto. Tombini também disse que a economia brasileira registrou no terceiro trimestre uma retomada mais lenta do que se supunha, mas que o crescimento é firme e está ganhando velocidade.
Enquanto isso, porém, a inflação corrente segue pressionada. O IGP-10 subiu 0,63% em dezembro, após cair 0,28% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado superou o teto do intervalo de estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, (+0,60%). A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), por sua vez, acelerou para 0,73% na segunda quadrissemana deste mês, de 0,63% no período imediatamente anterior.
Mas o mercado financeiro parece não estar totalmente convencido de que o cenário traçado por Tombini irá se concretizar. No boletim Focus, do Banco Central, a previsão de expansão do PIB caiu de 1,03% para 1,00% neste ano e de 3,50% para 3,40% no próximo ano. Quanto à inflação, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,58% para 5,60% em 2012 e de 5,40% para 5,42% em 2013. A estimativa para a Selic seguiu em 7,25% ao ano até o fim de 2013.
No exterior, as notícias de que os republicanos apresentaram uma nova proposta para redução do déficit dos EUA, que admite aumentos de impostos para os mais ricos, deram força para as bolsas norte-americanas e ofuscaram o dado fraco sobre a atividade manufatureira na região de Nova York. Além disso, a vitória da oposição nas eleições gerais do Japão, que abriu caminho para novas medidas de estímulo à economia, também forneceu certa sustentação para as bolsas, ao mesmo tempo que enfraqueceu o iene.