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Juros têm leve alta em meio a giro fraco de negócios

Após baixa pela manhã, taxas se aproximaram dos ajustes e encerraram sessão com viés de alta


	Bovespa: a taxa do juro para julho deste ano encerrou o pregão a 7,05%, contra 7,04% no ajuste
 (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

Bovespa: a taxa do juro para julho deste ano encerrou o pregão a 7,05%, contra 7,04% no ajuste (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 16h10.

Mesmo diante de indicadores importantes, como a taxa de desemprego em dezembro e na média de 2012, os investidores em juros futuros deram uma trégua na movimentação das taxas, que oscilaram ao redor do ajuste e em meio a um volume muito discreto de negócios.

Pela manhã, os juros experimentaram leve viés de baixa, em linha com a queda do dólar e diante de um desemprego um pouco acima do esperado no último mês do ano passado. No meio do pregão, o dólar passou a subir momentaneamente, as taxas futuras voltaram para os ajustes, passaram a ter leve viés de alta e assim permaneceram até o fim.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para julho de 2013 (34.945 contratos) estava em 7,05%, de 7,04% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (64.585 contratos) marcava taxa de 7,22%, ante 7,20% na véspera. O DI para janeiro de 2015 (201.790 contratos) indicava 7,95%, ante 7,91% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (92.780 contratos) tinha taxa de 8,85%, ante 8,83% na quarta-feira e o DI para janeiro de 2021 (2.890 contratos) apontava 9,58%, ante 9,56% no ajuste.

"Depois da enxurrada de informações dos últimos dias, o mercado tem uma quinta-feira calma. A notícia sobre o desemprego é importante, mas não houve nenhuma surpresa que exigisse ajustes mais firmes das taxas. Então, o investidor está esperando coisas novas. A produção industrial que sai amanhã pode gerar algum movimento mais consistente das taxas", afirmou um operador. Na sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa o comportamento da produção industrial em dezembro e em 2012.

Nesta quinta o próprio IBGE anunciou que a taxa de desemprego em dezembro de 2012 foi de 4,6% - a mais baixa desde o início da série histórica, em março de 2002. No acumulado de 2012, a taxa média foi de 5,5%, também a menor desde o início da pesquisa. "A taxa em dezembro ficou um pouco acima do que o esperado, mas isso não minimiza o fato de que o mercado de trabalho está aquecido e acaba sendo um vetor de expansão do consumo", disse um profissional da área de renda fixa.


Outro vetor de influência para os juros foi o câmbio: a moeda dos EUA no mercado à vista de balcão abriu em queda, passou a subir brevemente no meio do dia diante da disputa pelo fechamento da taxa Ptax mensal e voltou a cair durante a tarde, terminando novamente na casa de R$ 1,98. "Esse dólar abaixo de R$ 2, sem dúvida, ajuda a segurar as taxas curtas", disse o operador citado acima.

No exterior, em meio a indicadores mistos vindos de Alemanha e Estados Unidos, prevaleceu a aversão aos ativos mais arriscados. Na maior economia europeia, a taxa de desemprego caiu em janeiro, enquanto as vendas do varejo recuaram em dezembro. Já nos EUA, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 38 mil, superando as estimativas. Mas a renda pessoal dos consumidores deu um salto de 2,6% em dezembro ante novembro, a maior alta registrada em oito anos.

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