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Juros sobem puxados por dólar e dados ruins no Brasil

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, DI com vencimento em janeiro de 2016 apontava 12,75%, de 12,67% ontem

Bovespa: avanço dos juros refletiu, entre outras coisas, o aumento da desconfiança com o Brasil (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 16h36.

São Paulo - A disparada do dólar ante o real nesta sexta-feira, 30, fez os juros futuros registrarem forte alta, sobretudo nos vencimentos intermediários e longos.

Mas o avanço das taxas curtas, ainda que mais discreto, indicou aumento das apostas na manutenção do ritmo de aperto monetário em 0,50 ponto porcentual na próxima reunião do Copom, em março.

O avanço dos juros também refletiu, entre outras coisas, o aumento da desconfiança com o Brasil, oriundo do rebaixamento dos ratings da Petrobras e do déficit do setor público consolidado.

Assim, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em janeiro de 2016 apontava 12,75%, de 12,67% ontem.

O DI para janeiro de 2017 mostrava 12,47%, de 12,34% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 indicava 11,89%, de 11,76% no ajuste da véspera. O dólar à vista de balcão encerrou o dia em alta de 2,95%, aos R$ 2,6850.

Pela manhã, os investidores já repercutiam a notícia de que a Moody's havia rebaixado o rating da Petrobras para BAA3, mantendo a perspectiva sob revisão para futura nova baixa.

Além disso, o Banco Central informou que o setor público consolidado (Governo Central, estados, municípios e estatais - com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 12,894 bilhões em dezembro.

Foi o pior resultado para o mês desde 2001, quando teve início a série histórica do BC. Em 2014, o déficit público primário foi de 0,63% do PIB.

De acordo com o profissionais do mercado, o avanço das taxas futuras de juros só não foi maior por conta do recuo dos juros dos bônus de países como Alemanha e Estados Unidos.

Entre outubro e dezembro, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de apenas 2,6%, bem menos que a expansão de 3,2% prevista por analistas.

Antes do PIB, já havia repercutido mal nos mercados a notícia de que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro teve queda anual de 0,6% na prévia de janeiro, após recuar em ritmo mais lento de 0,2% em dezembro.

Assim, o retorno dos bunds alemães de 10 anos bateram na mínima histórica, abaixo de 0,30%.

Já o yield dos Treasuries de 10 anos estava no fim da tarde em 1,6823%, de 1,759% no fim da tarde de ontem em Nova York.

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São Paulo - A disparada do dólar ante o real nesta sexta-feira, 30, fez os juros futuros registrarem forte alta, sobretudo nos vencimentos intermediários e longos.

Mas o avanço das taxas curtas, ainda que mais discreto, indicou aumento das apostas na manutenção do ritmo de aperto monetário em 0,50 ponto porcentual na próxima reunião do Copom, em março.

O avanço dos juros também refletiu, entre outras coisas, o aumento da desconfiança com o Brasil, oriundo do rebaixamento dos ratings da Petrobras e do déficit do setor público consolidado.

Assim, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em janeiro de 2016 apontava 12,75%, de 12,67% ontem.

O DI para janeiro de 2017 mostrava 12,47%, de 12,34% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 indicava 11,89%, de 11,76% no ajuste da véspera. O dólar à vista de balcão encerrou o dia em alta de 2,95%, aos R$ 2,6850.

Pela manhã, os investidores já repercutiam a notícia de que a Moody's havia rebaixado o rating da Petrobras para BAA3, mantendo a perspectiva sob revisão para futura nova baixa.

Além disso, o Banco Central informou que o setor público consolidado (Governo Central, estados, municípios e estatais - com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 12,894 bilhões em dezembro.

Foi o pior resultado para o mês desde 2001, quando teve início a série histórica do BC. Em 2014, o déficit público primário foi de 0,63% do PIB.

De acordo com o profissionais do mercado, o avanço das taxas futuras de juros só não foi maior por conta do recuo dos juros dos bônus de países como Alemanha e Estados Unidos.

Entre outubro e dezembro, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de apenas 2,6%, bem menos que a expansão de 3,2% prevista por analistas.

Antes do PIB, já havia repercutido mal nos mercados a notícia de que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro teve queda anual de 0,6% na prévia de janeiro, após recuar em ritmo mais lento de 0,2% em dezembro.

Assim, o retorno dos bunds alemães de 10 anos bateram na mínima histórica, abaixo de 0,30%.

Já o yield dos Treasuries de 10 anos estava no fim da tarde em 1,6823%, de 1,759% no fim da tarde de ontem em Nova York.

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