Juros sobem em reação a números da inflação em 2013
Às vésperas da reunião do Copom, os investidores ajustam suas posições, ainda reagindo aos dados sobre a inflação no fim do ano passado, divulgados nesta sexta
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 16h07.
São Paulo - Os juros futuros subiram nesta segunda-feira, 13, com um movimento mais acentuado na ponta curta. Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os investidores ajustam suas posições, ainda reagindo aos dados sobre a inflação no fim do ano passado, que foram divulgados na sexta-feira, 10, e também de olho na piora de perspectivas para os preços.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (145.380 contratos) estava na máxima de 10,275%, de 10,21% no ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2015 (491.115 contratos) marcava 10,71%, de 10,61% do ajuste de sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (166.250 contratos) apontava 12,25%, de 12,23%. O DI para janeiro de 2021 (12.220 contratos) indicava taxa de 13,98%, ante 13,02% no ajuste anterior.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,91% em 2013, ante 5,84% em 2012, acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 5,88%.
Em dezembro, o índice subiu 0,92% ante novembro, também acima de todas as previsões. Essa variação é a maior alta mensal desde abril de 2003 e o maior ganho para meses de dezembro desde 2002. Entretanto, nos EUA o relatório de emprego muito abaixo do esperado, divulgado também na sexta-feira, acabou derrubando os yields dos Treasuries e pressionando os juros aqui, o que ofuscou o IPCA.
"O mercado promoveu uma releitura da inflação. Na sexta-feira, os juros deveriam ter aberto, isso só não aconteceu em função do payroll", comenta Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos. Segundo ele, diversos participantes estão revendo suas apostas para a alta da Selic esta semana, de 0,25 para 0,50 ponto porcentual. "Eu mesmo mudei minha previsão após o IPCA de dezembro", revela.
Hoje, o Banco Central divulgou sua pesquisa semanal Focus. A mediana das estimativas para o IPCA este ano passou de 5,97% da semana passada para 6,00% agora.
Entre os profissionais que mais acertam as previsões, o chamado grupo Top 5, as previsões saltaram para 6,19%, no lugar da taxa de 5,90% da semana anterior.
Segundo o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, a maioria dos participantes do mercado não teve tempo de atualizar suas previsões para a Focus após o IPCA revelado na semana passada, o que significa que na próxima pesquisa as projeções para a inflação podem subir para perto de 6,10%. Os ganhos dos juros aconteceram mesmo com a queda nos yields dos Treasuries e a depreciação do dólar.
São Paulo - Os juros futuros subiram nesta segunda-feira, 13, com um movimento mais acentuado na ponta curta. Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os investidores ajustam suas posições, ainda reagindo aos dados sobre a inflação no fim do ano passado, que foram divulgados na sexta-feira, 10, e também de olho na piora de perspectivas para os preços.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (145.380 contratos) estava na máxima de 10,275%, de 10,21% no ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2015 (491.115 contratos) marcava 10,71%, de 10,61% do ajuste de sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (166.250 contratos) apontava 12,25%, de 12,23%. O DI para janeiro de 2021 (12.220 contratos) indicava taxa de 13,98%, ante 13,02% no ajuste anterior.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,91% em 2013, ante 5,84% em 2012, acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 5,88%.
Em dezembro, o índice subiu 0,92% ante novembro, também acima de todas as previsões. Essa variação é a maior alta mensal desde abril de 2003 e o maior ganho para meses de dezembro desde 2002. Entretanto, nos EUA o relatório de emprego muito abaixo do esperado, divulgado também na sexta-feira, acabou derrubando os yields dos Treasuries e pressionando os juros aqui, o que ofuscou o IPCA.
"O mercado promoveu uma releitura da inflação. Na sexta-feira, os juros deveriam ter aberto, isso só não aconteceu em função do payroll", comenta Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos. Segundo ele, diversos participantes estão revendo suas apostas para a alta da Selic esta semana, de 0,25 para 0,50 ponto porcentual. "Eu mesmo mudei minha previsão após o IPCA de dezembro", revela.
Hoje, o Banco Central divulgou sua pesquisa semanal Focus. A mediana das estimativas para o IPCA este ano passou de 5,97% da semana passada para 6,00% agora.
Entre os profissionais que mais acertam as previsões, o chamado grupo Top 5, as previsões saltaram para 6,19%, no lugar da taxa de 5,90% da semana anterior.
Segundo o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, a maioria dos participantes do mercado não teve tempo de atualizar suas previsões para a Focus após o IPCA revelado na semana passada, o que significa que na próxima pesquisa as projeções para a inflação podem subir para perto de 6,10%. Os ganhos dos juros aconteceram mesmo com a queda nos yields dos Treasuries e a depreciação do dólar.