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Juros recuam na abertura de olho na questão fiscal

As taxas ainda ainda repercutem comentários feitos ontem pela Moody's sobre a manutenção do rating brasileiro


	Bovespa: por volta das 9h35 a taxa do contrato de DI para janeiro de 2015 marcava 10,56%
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: por volta das 9h35 a taxa do contrato de DI para janeiro de 2015 marcava 10,56% (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 09h11.

São Paulo - Os juros futuros abriram em queda nesta terça-feira, 7, ainda repercutindo comentários feitos ontem pela agência de classificação de risco Moody's sobre a manutenção do rating brasileiro.

Há pouco, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o índice de preços ao produtor (IPP) registrou alta de 0,62% em novembro ante outubro. O indicador acumula avanço de 5,04% no ano até novembro de 2013 e de 5,47% em 12 meses.

Por volta das 9h35 a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 marcava 10,56%, exatamente no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 apontava 12,31%, de 12,33% no ajuste anterior.

No mesmo horário, o dólar à vista caía 0,42% ante o real e o yield da T-note de 10 anos recuava para 2,961%.

As oscilações dos juros, que na véspera foram modestas, podem continuar limitadas nesta terça-feira pela expectativa com o calendário dos próximos dias.

Na quarta-feira, 8, será divulgada a produção industrial em novembro, enquanto a inflação oficial de dezembro sai na sexta-feira, além da ata do Federal Reserve nesta quarta-feira e dados de emprego dos EUA na sexta-feira, 10.

Na segunda-feira, 6, a Moody's disse que o rating Baa2 do Brasil e sua perspectiva "estável" já levam em conta um crescimento fraco este ano, perto de 2%. Assim, se as projeções da agência se concretizarem, o País não deve ter sua nota soberana cortada.

"O grande medo do investidor é o rebaixamento da nota soberana do País, que está afastado pelo menos por uma das agências de rating, o que pode acalmar pontualmente os ânimos", diz o gerente de câmbio da Correparti, João Paulo de Gracia Corrêa.

O mercado de juros ainda deve ficar de olho nos dados sobre produção de carros em dezembro, que serão divulgados às 10h30 pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Os números podem dar sinais sobre o desempenho da economia brasileira no fechamento do quarto trimestre do ano passado, o que significa que um resultado ruim tem potencial para azedar o humor dos investidores.

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