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Juros futuros sobem apostando em alta da Selic

Os contratos com vencimento no curto prazo chegaram a embutir apostas em aperto monetário mais agressivo, da ordem de 0,75 ponto porcentual, da Selic

Às 10h25, o contrato de DI para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,74%, de 8,64% no ajuste de ontem (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2013 às 11h14.

São Paulo - As taxas projetadas pelos contratos futuros de juros dispararam na manhã desta terça-feira, 11, em meio à pressão renovada pela valorização do dólar ante o real, acima de R$ 2,16, e preocupações com a inflação.

Os contratos com vencimento no curto prazo chegaram a embutir apostas em aperto monetário mais agressivo, da ordem de 0,75 ponto porcentual, da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em julho.

"Está entre 0,50 pp e 0,75 pp", disse Flávio Serrano, economista-sênior do Besi Brasil. Ainda de acordo com ele, os contratos embutiam chance de a Selic terminar o ano em 10%.

Segundo um experiente profissional de renda fixa, "o cenário externo complicado é agravado no Brasil pela percepção de que o governo não sabe o que fazer e que a combinação de depreciação do real e política fiscal expansionista resultará em mais inflação".

Às 10h25, o contrato de DI para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,74%, de 8,64% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 9,74%, máxima, ante 9,41%. O DI para janeiro de 2017 apontava 10,67%, ante 10,30% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 apontava 11,17%, máxima, ante 10,80%. O dólar negociado à vista no balcão tinha alta de 0,61%, a R$ 2,161.

Quanto a indicadores de inflação, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou em seis das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de junho em relação à última de maio. Em São Paulo, acelerou de 0,36% para 0,51%, no período, e, no Rio de Janeiro, de 0,44% para 0,62%.


O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e que mede a inflação da cidade de São Paulo, subiu 0,13% na primeira quadrissemana de junho, após alta de 0,10% no fechamento de maio.

Na primeira medição do mês passado, o índice havia ficado em 0,31%. O resultado ligeiramente abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo AE Projeções (0,16%).

O Banco do Japão (BoJ) manteve nesta terça-feira, 11, a política monetária e se absteve de estender a duração de empréstimos a juros baixos que oferece aos bancos em suas operações de fornecimento de fundos.

Segundo o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, não há necessidade de estender agora a duração dessa operação para além de um ano.

Nos EUA, receios de que o Federal Reserve comece a desfazer seus programas de estímulo econômico nos próximos meses prejudicam a demanda por bônus e impulsionam yields (retorno ao investidor) dos títulos (Treasuries). O juro do de dez anos atingiu nesta manhã o nível mais alto em 14 meses.

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Os contratos com vencimento no curto prazo chegaram a embutir apostas em aperto monetário mais agressivo, da ordem de 0,75 ponto porcentual, da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em julho.

"Está entre 0,50 pp e 0,75 pp", disse Flávio Serrano, economista-sênior do Besi Brasil. Ainda de acordo com ele, os contratos embutiam chance de a Selic terminar o ano em 10%.

Segundo um experiente profissional de renda fixa, "o cenário externo complicado é agravado no Brasil pela percepção de que o governo não sabe o que fazer e que a combinação de depreciação do real e política fiscal expansionista resultará em mais inflação".

Às 10h25, o contrato de DI para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,74%, de 8,64% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 9,74%, máxima, ante 9,41%. O DI para janeiro de 2017 apontava 10,67%, ante 10,30% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 apontava 11,17%, máxima, ante 10,80%. O dólar negociado à vista no balcão tinha alta de 0,61%, a R$ 2,161.

Quanto a indicadores de inflação, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou em seis das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de junho em relação à última de maio. Em São Paulo, acelerou de 0,36% para 0,51%, no período, e, no Rio de Janeiro, de 0,44% para 0,62%.


O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e que mede a inflação da cidade de São Paulo, subiu 0,13% na primeira quadrissemana de junho, após alta de 0,10% no fechamento de maio.

Na primeira medição do mês passado, o índice havia ficado em 0,31%. O resultado ligeiramente abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo AE Projeções (0,16%).

O Banco do Japão (BoJ) manteve nesta terça-feira, 11, a política monetária e se absteve de estender a duração de empréstimos a juros baixos que oferece aos bancos em suas operações de fornecimento de fundos.

Segundo o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, não há necessidade de estender agora a duração dessa operação para além de um ano.

Nos EUA, receios de que o Federal Reserve comece a desfazer seus programas de estímulo econômico nos próximos meses prejudicam a demanda por bônus e impulsionam yields (retorno ao investidor) dos títulos (Treasuries). O juro do de dez anos atingiu nesta manhã o nível mais alto em 14 meses.

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