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Juros futuros mostram chance de alta da Selic em abril

A curva a termo já indica uma chance acima de 50% de que o ciclo de aperto monetário comece na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de abril

Às 9h38, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, ante 7,21% no ajuste da véspera (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 10h46.

São Paulo - Os juros futuros com vencimento no curto prazo abriram a sessão em alta, refletindo a percepção de que o encontro de segunda-feira da presidente da República, Dilma Rousseff, com seus conselheiros econômicos Delfim Netto e Luiz Gonzaga Belluzzo, além de Yoshiaki Nakano, pode significar uma alta iminente da Selic.

Além disso, o mercado entendeu que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, se mostrou mais preocupado com a inflação, em discurso realizado em Porto Alegre.

A curva a termo já indica uma chance acima de 50% de que o ciclo de aperto monetário comece na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de abril, na próxima semana.

"Estou começando a achar que vem alta da Selic na reunião de abril", disse um operador que ainda acreditava em juros estáveis no primeiro semestre. "Mas só vou mudar após o IPCA de amanhã", ressaltou, afirmando que o ponto a ser olhado é o índice de difusão.

Às 9h38, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, ante 7,21% no ajuste da véspera. O contrato para janeiro de 2014 marcava 7,85%, ante 7,81% no ajuste.

O DI para janeiro de 2015 apontava 8,45%, ante 8,43%. Entre os vencimentos mais longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 9,07%, de 9,11% e o contrato com vencimento em janeiro de 2021 marcava 9,61%, de 9,65%.

A reunião da presidente da República com economistas, que não estava na agenda oficial do Planalto, foi considerada um sinal de que o governo vê a alta da Selic como inevitável para conter a escalada dos preços.


A presidente almoçou na segunda-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e Delfim Netto, Belluzzo e Nakano, além do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

"O fato de os três economistas terem tido uma reunião com a Dilma ontem e terem emitido opinião de que os juros podem subir denota que o governo finalmente se convenceu da necessidade de se elevar os juros para controlar a inflação", afirma um profissional.

"Essa reunião com conselheiros é de admissão de alta de juros já, em virtude de o tema ter ido para boca do povo", acrescentou outra fonte. Ainda assim, o mercado continua receoso, à espera do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), amanhã.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, por sua vez, voltou a defender ontem que a atuação da autoridade monetária exige "cautela", termo inserido na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de março.

Fontes de mercado consideram, no entanto, que esse discurso trouxe pouca novidade em relação às declarações e documentos anteriores, mas mostrou um BC mais preocupado com a alta dos preços.

Em meio aos indicadores do dia, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 0,31% em março, após alta de preços de 0,20% em fevereiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a evolução dos preços em São Paulo, registrou deflação de 0,11% na primeira quadrissemana de abril.

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Além disso, o mercado entendeu que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, se mostrou mais preocupado com a inflação, em discurso realizado em Porto Alegre.

A curva a termo já indica uma chance acima de 50% de que o ciclo de aperto monetário comece na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de abril, na próxima semana.

"Estou começando a achar que vem alta da Selic na reunião de abril", disse um operador que ainda acreditava em juros estáveis no primeiro semestre. "Mas só vou mudar após o IPCA de amanhã", ressaltou, afirmando que o ponto a ser olhado é o índice de difusão.

Às 9h38, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, ante 7,21% no ajuste da véspera. O contrato para janeiro de 2014 marcava 7,85%, ante 7,81% no ajuste.

O DI para janeiro de 2015 apontava 8,45%, ante 8,43%. Entre os vencimentos mais longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 9,07%, de 9,11% e o contrato com vencimento em janeiro de 2021 marcava 9,61%, de 9,65%.

A reunião da presidente da República com economistas, que não estava na agenda oficial do Planalto, foi considerada um sinal de que o governo vê a alta da Selic como inevitável para conter a escalada dos preços.


A presidente almoçou na segunda-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e Delfim Netto, Belluzzo e Nakano, além do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

"O fato de os três economistas terem tido uma reunião com a Dilma ontem e terem emitido opinião de que os juros podem subir denota que o governo finalmente se convenceu da necessidade de se elevar os juros para controlar a inflação", afirma um profissional.

"Essa reunião com conselheiros é de admissão de alta de juros já, em virtude de o tema ter ido para boca do povo", acrescentou outra fonte. Ainda assim, o mercado continua receoso, à espera do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), amanhã.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, por sua vez, voltou a defender ontem que a atuação da autoridade monetária exige "cautela", termo inserido na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de março.

Fontes de mercado consideram, no entanto, que esse discurso trouxe pouca novidade em relação às declarações e documentos anteriores, mas mostrou um BC mais preocupado com a alta dos preços.

Em meio aos indicadores do dia, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 0,31% em março, após alta de preços de 0,20% em fevereiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a evolução dos preços em São Paulo, registrou deflação de 0,11% na primeira quadrissemana de abril.

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