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Juros futuros caem após PIB confirmar recuperação lenta

O PIB cresceu 0,90% em 2012 ante 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Às 10h20, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, de 7,27% no ajuste de ontem (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 10h52.

São Paulo - Os juros futuros exibem queda na manhã desta sexta-feira, respondendo ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

O PIB cresceu 0,90% em 2012 ante 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultado que ficou em linha com a mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro, de 0,90%, e dentro do intervalo das projeções (de 0,80% a 1,20%).

No quarto trimestre do ano passado, a economia do País cresceu 0,6% ante o trimestre imediatamente anterior, abaixo da mediana, de 0,80%, e teve expansão de 1,40% ante igual período de 2011, também aquém da mediana, de 1,60%.

"Os dados desapontam novamente", avaliou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno. "Tivemos um crescimento fraco no quarto trimestre de 2012, a indústria teve desempenho fraco e os investimentos também mostram desempenho fraco", acrescentou, ressaltando que o ritmo lento de recuperação resultou em crescimento "pífio" no acumulado do ano passado.

Os números colocam os juros futuros em queda porque, ainda de acordo com o estrategista, "o mercado entende que, diante de dados fracos, o governo continuará a priorizar o crescimento econômico em detrimento do maior controle da inflação". "A Selic, então, não deve subir como o mercado estava especulando e, assim, o mercado deve começar a zerar as apostas de alta a partir de abril, de forma gradual", disse Rostagno.


Na avaliação da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, o resultado do PIB "reflete principalmente a crise da indústria". "Já tivemos sinais bem claros de recuperação da indústria", disse a ministra, que está em Londres, acrescentando que "medidas foram tomadas em 2012 e acreditamos que a recuperação vai ser continuada".

Os investidores aguardam ainda comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que concede entrevista coletiva, às 10h30, em Brasília.

Às 10h20, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, de 7,27% no ajuste de ontem e o DI com vencimento em janeiro de 2014 apontava 7,66%, de 7,69% no ajuste. O contrato para janeiro de 2015 tinha taxa de 8,34%, ante 8,36%. Entre os contratos mais longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 9,09%, de 9,12% da véspera.

Nesta sexta-feira começou a ser negociado um novo contrato de juro na BM&FBovespa. O Selic futuro com vencimento em abril de 2013 estreou projetando taxa de 7,11% (dois negócios e dez contratos).

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São Paulo - Os juros futuros exibem queda na manhã desta sexta-feira, respondendo ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

O PIB cresceu 0,90% em 2012 ante 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultado que ficou em linha com a mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro, de 0,90%, e dentro do intervalo das projeções (de 0,80% a 1,20%).

No quarto trimestre do ano passado, a economia do País cresceu 0,6% ante o trimestre imediatamente anterior, abaixo da mediana, de 0,80%, e teve expansão de 1,40% ante igual período de 2011, também aquém da mediana, de 1,60%.

"Os dados desapontam novamente", avaliou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno. "Tivemos um crescimento fraco no quarto trimestre de 2012, a indústria teve desempenho fraco e os investimentos também mostram desempenho fraco", acrescentou, ressaltando que o ritmo lento de recuperação resultou em crescimento "pífio" no acumulado do ano passado.

Os números colocam os juros futuros em queda porque, ainda de acordo com o estrategista, "o mercado entende que, diante de dados fracos, o governo continuará a priorizar o crescimento econômico em detrimento do maior controle da inflação". "A Selic, então, não deve subir como o mercado estava especulando e, assim, o mercado deve começar a zerar as apostas de alta a partir de abril, de forma gradual", disse Rostagno.


Na avaliação da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, o resultado do PIB "reflete principalmente a crise da indústria". "Já tivemos sinais bem claros de recuperação da indústria", disse a ministra, que está em Londres, acrescentando que "medidas foram tomadas em 2012 e acreditamos que a recuperação vai ser continuada".

Os investidores aguardam ainda comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que concede entrevista coletiva, às 10h30, em Brasília.

Às 10h20, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, de 7,27% no ajuste de ontem e o DI com vencimento em janeiro de 2014 apontava 7,66%, de 7,69% no ajuste. O contrato para janeiro de 2015 tinha taxa de 8,34%, ante 8,36%. Entre os contratos mais longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 9,09%, de 9,12% da véspera.

Nesta sexta-feira começou a ser negociado um novo contrato de juro na BM&FBovespa. O Selic futuro com vencimento em abril de 2013 estreou projetando taxa de 7,11% (dois negócios e dez contratos).

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