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Juros futuros caem apesar de avanço do dólar ante o real

Taxas dos contratos futuros de juros recuaram após a divulgação de dados ruins sobre o setor automotivo e de projeções piores para a economia brasileira

Desânimo: postura dos investidores foi esperar divulgação de indicadores de inflação (Getty Images/ Michael Steele)
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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 17h41.

São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros deixaram de lado o avanço do dólar ante o real e recuaram um pouco nesta segunda-feira, 07, em especial entre os vencimentos mais longos, após a divulgação de dados ruins sobre o setor automotivo e de projeções piores para a economia brasileira.

No geral, a postura dos investidores foi de espera antes da divulgação de indicadores de inflação importantes, amanhã.

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O dólar à vista fechou em alta de 0,45%, a R$ 2,2250. Mas os juros se apegaram mais ao pessimismo em relação à economia.

Os dados do boletim Focus, do Banco Central, mostraram que, no caso do PIB , houve nova redução da perspectiva de crescimento do País, de 1,10% para 1,07% em 2014.

Foi pouco, mas corroborou a percepção de que a economia do Brasil fraqueja e, por isso, não há espaço para novas altas da Selic (a taxa básica de juros) tão cedo.

Os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que saíram no fim da manhã, mostraram queda de 23,3% da produção de veículos em junho ante maio e recuo de 33,3% ante junho de 2013.

Neste cenário, as taxas dos contratos futuros de juros adotaram certo viés de baixa, embora os investidores tenham optado por manter a maior parte das posições em função dos indicadores de inflação que saem amanhã - o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho e o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho.

No fim da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (103.535 contratos) apontava 10,77%, de 10,76%.

Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (100.990 contratos) marcava 11,41%, de 11,43%. E o DI para janeiro de 2021 (21.380 contratos) mostrava 11,88%, de 11,90%.

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