Exame Logo

Juros futuros abrem em leve baixa com exterior

Em dia de agenda interna esvaziada, o mercado futuro de juros abriu em leve baixa, puxado por dados fracos de atividade vindos da China e da zona do euro

Às 9h53, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 apontava 7,40%, ante 7,41% no ajuste de segunda-feira (REUTERS/Nacho Doce)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 10h44.

São Paulo - Em dia de agenda interna esvaziada, o mercado futuro de juros abriu em leve baixa, puxado por dados fracos de atividade vindos da China e da zona do euro.

Os investidores também monitoram o câmbio, já que uma desvalorização do dólar ante o real atenua preocupações com a inflação. O rumo dos negócios com taxas futuras ao longo do dia depende, ainda, de declarações do diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu, em Washington.

Segundo uma fonte, na ausência de novos dados domésticos de inflação e atividade, os juros futuros ficam "condicionados" ao mercado de câmbio e à economia internacional, sobretudo depois de a indústria chinesa mostrar enfraquecimento em abril.

De acordo com o HSBC, o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) preliminar da China caiu para 50,5 neste mês, de 51,6 no mês anterior. Esse resultado renova temores quanto à perspectiva de demanda por matérias-primas e, assim, pesa sobre os preços das commodities.

Na zona do euro, o PMI composto preliminar repetiu neste mês a marca de 46,5 do mês anterior e ficou ligeiramente acima do esperado (46,4), o que foi considerado um alívio.

Porém, na Alemanha, a atividade somada (PMI composto) dos setores industrial e de serviços recuou para o terreno da contração, ao marcar 48,8 em abril, ante 50,6 em março.

"Os DIs tendem a se acomodar após as novas quedas de ontem, no aguardo da ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central)", escreveu o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria Integrada, no serviço online da empresa.


Em relação ao mercado de câmbio, o dólar negociado à vista no balcão abriu em alta ante o real, acompanhando a valorização da moeda norte-americana em relação a moedas commodities, na esteira do dado de China. Porém, há pouco, perdeu força e, às 9h50, caía 0,10%, a R$ 2,018.

Às 11 horas, o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Awazu, faz palestra no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Awazu, vale lembrar, votou pela manutenção da Selic na semana passada.

Segundo o diretor, "a dinâmica de inflação é desfavorável" e seu voto contrário à alta do juro básico, hoje em 7,50% ao ano, na reunião do Copom estava mais relacionado ao "timing" (momento) do início do aperto monetário do que ao diagnóstico da inflação e à necessidade de subir o juro básico.

Essas afirmações, na sexta-feira, foram consideradas mais firmes, ou "hawkish", e trouxeram pressão de volta às taxas futuras com vencimento no curto prazo.

Às 9h53, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 apontava 7,40%, ante 7,41% no ajuste de segunda-feira, 22.

O contrato com vencimento em janeiro de 2014 marcava 7,80%, ante 7,82% no ajuste de segunda-feira, 22. O DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 8,25%, de 8,29%. No treco mais longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 apontava 8,86%, ante 8,89% no ajuste anterior.

Veja também

São Paulo - Em dia de agenda interna esvaziada, o mercado futuro de juros abriu em leve baixa, puxado por dados fracos de atividade vindos da China e da zona do euro.

Os investidores também monitoram o câmbio, já que uma desvalorização do dólar ante o real atenua preocupações com a inflação. O rumo dos negócios com taxas futuras ao longo do dia depende, ainda, de declarações do diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu, em Washington.

Segundo uma fonte, na ausência de novos dados domésticos de inflação e atividade, os juros futuros ficam "condicionados" ao mercado de câmbio e à economia internacional, sobretudo depois de a indústria chinesa mostrar enfraquecimento em abril.

De acordo com o HSBC, o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) preliminar da China caiu para 50,5 neste mês, de 51,6 no mês anterior. Esse resultado renova temores quanto à perspectiva de demanda por matérias-primas e, assim, pesa sobre os preços das commodities.

Na zona do euro, o PMI composto preliminar repetiu neste mês a marca de 46,5 do mês anterior e ficou ligeiramente acima do esperado (46,4), o que foi considerado um alívio.

Porém, na Alemanha, a atividade somada (PMI composto) dos setores industrial e de serviços recuou para o terreno da contração, ao marcar 48,8 em abril, ante 50,6 em março.

"Os DIs tendem a se acomodar após as novas quedas de ontem, no aguardo da ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central)", escreveu o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria Integrada, no serviço online da empresa.


Em relação ao mercado de câmbio, o dólar negociado à vista no balcão abriu em alta ante o real, acompanhando a valorização da moeda norte-americana em relação a moedas commodities, na esteira do dado de China. Porém, há pouco, perdeu força e, às 9h50, caía 0,10%, a R$ 2,018.

Às 11 horas, o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Awazu, faz palestra no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Awazu, vale lembrar, votou pela manutenção da Selic na semana passada.

Segundo o diretor, "a dinâmica de inflação é desfavorável" e seu voto contrário à alta do juro básico, hoje em 7,50% ao ano, na reunião do Copom estava mais relacionado ao "timing" (momento) do início do aperto monetário do que ao diagnóstico da inflação e à necessidade de subir o juro básico.

Essas afirmações, na sexta-feira, foram consideradas mais firmes, ou "hawkish", e trouxeram pressão de volta às taxas futuras com vencimento no curto prazo.

Às 9h53, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 apontava 7,40%, ante 7,41% no ajuste de segunda-feira, 22.

O contrato com vencimento em janeiro de 2014 marcava 7,80%, ante 7,82% no ajuste de segunda-feira, 22. O DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 8,25%, de 8,29%. No treco mais longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 apontava 8,86%, ante 8,89% no ajuste anterior.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresJuros

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame