Juros desaceleram após correção de excessos
O sinal de alta ainda se manteve nas taxas futuras, mas os patamares de fechamento ficaram bem abaixo daqueles vistos no pior momento do pregão
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2013 às 16h24.
São Paulo - O movimento firme de alta dos juros após os dados do mercado de trabalho norte-americano, muito melhores do que o esperado, foi parcialmente absorvido ao longo da tarde desta sexta-feira, 08, com os investidores corrigindo os excessos.
O sinal de alta ainda se manteve nas taxas futuras, mas os patamares de fechamento ficaram bem abaixo daqueles vistos no pior momento do pregão, quando ordens de "stop loss" colocaram a taxa para janeiro de 2015 acima do nível de 11% e fizeram as taxas mais longas subirem cerca de 30 pontos-base.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (166.530 contratos) estava em 10,12%, igual ao ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (585.480 contratos) indicava 10,96%, de 10,91% no ajuste de ontem e ante máxima intraday de 11,16%.
Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (210.240 contratos) apontava 12,11%, ante 12,03% na véspera e máxima intraday de 12,30%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (9.770 contratos) marcava 12,51%, de 12,43% no ajuste anterior e após tocar na máxima de 12,65%.
A reação de alta muito forte dos juros não se deu apenas pelo dado de emprego de outubro. A criação de empregos em setembro foi revisada para 163 mil, da leitura inicial de +148 mil e, em agosto, para 238 mil novos postos, de +193 mil na primeira leitura. A criação média de empregos nos últimos três meses superou 200 mil postos por mês, de acordo com informações do Departamento do Trabalho.
Foi tudo isso que reforçou, inicialmente, a percepção de que a redução dos estímulos nos EUA seria iminente. Isso explica a disparada dos yields dos Treasuries. O juro do T-note de 10 anos, por exemplo, estava em 2,747% às 16h34, de 2,609% no fim da tarde de ontem.
Vale destacar, no entanto, que já no começo da tarde surgiram releituras em relação ao payroll, o que fez as bolsas internacionais experimentarem alta firme. Alguns agentes consideraram que o número foi sustentado, em boa medida, por empregos de meio período, o que pode resultar em revisões para baixo à frente, reduzindo as chances da retirada imediata dos estímulos.
O dólar ante o real também passou por uma considerável readequação ao longo da tarde e terminou cotado em patamares muito mais discretos do que os observados após o anúncio do payroll. A moeda à vista no mercado de balcão fechou em R$ 2,3150, com alta de 0,39% - maior patamar de fechamento desde 5 de setembro. Na máxima, chegou a ser cotada a R$ 2,3440.
São Paulo - O movimento firme de alta dos juros após os dados do mercado de trabalho norte-americano, muito melhores do que o esperado, foi parcialmente absorvido ao longo da tarde desta sexta-feira, 08, com os investidores corrigindo os excessos.
O sinal de alta ainda se manteve nas taxas futuras, mas os patamares de fechamento ficaram bem abaixo daqueles vistos no pior momento do pregão, quando ordens de "stop loss" colocaram a taxa para janeiro de 2015 acima do nível de 11% e fizeram as taxas mais longas subirem cerca de 30 pontos-base.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (166.530 contratos) estava em 10,12%, igual ao ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (585.480 contratos) indicava 10,96%, de 10,91% no ajuste de ontem e ante máxima intraday de 11,16%.
Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (210.240 contratos) apontava 12,11%, ante 12,03% na véspera e máxima intraday de 12,30%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (9.770 contratos) marcava 12,51%, de 12,43% no ajuste anterior e após tocar na máxima de 12,65%.
A reação de alta muito forte dos juros não se deu apenas pelo dado de emprego de outubro. A criação de empregos em setembro foi revisada para 163 mil, da leitura inicial de +148 mil e, em agosto, para 238 mil novos postos, de +193 mil na primeira leitura. A criação média de empregos nos últimos três meses superou 200 mil postos por mês, de acordo com informações do Departamento do Trabalho.
Foi tudo isso que reforçou, inicialmente, a percepção de que a redução dos estímulos nos EUA seria iminente. Isso explica a disparada dos yields dos Treasuries. O juro do T-note de 10 anos, por exemplo, estava em 2,747% às 16h34, de 2,609% no fim da tarde de ontem.
Vale destacar, no entanto, que já no começo da tarde surgiram releituras em relação ao payroll, o que fez as bolsas internacionais experimentarem alta firme. Alguns agentes consideraram que o número foi sustentado, em boa medida, por empregos de meio período, o que pode resultar em revisões para baixo à frente, reduzindo as chances da retirada imediata dos estímulos.
O dólar ante o real também passou por uma considerável readequação ao longo da tarde e terminou cotado em patamares muito mais discretos do que os observados após o anúncio do payroll. A moeda à vista no mercado de balcão fechou em R$ 2,3150, com alta de 0,39% - maior patamar de fechamento desde 5 de setembro. Na máxima, chegou a ser cotada a R$ 2,3440.