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Juros: Chuva ajuda mercado a ‘flertar’ com alta de 0,75 ponto

Depósito Interfinanceiro mais negociado, de janeiro de 2012, subia 2 pontos-base às 11h20, para 12,33%

Banco Central: investidores acreditam que Selic deve aumentar 0,75 ponto percentual (Luiz Fernando Oliveira de Moraes/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 12h07.

São Paulo - Os juros nos mercados futuros voltaram a subir na maioria dos contratos após abrirem em baixa com alguns investidores apostando na possibilidade de um aperto monetário maior para combater a inflação. O efeito das chuvas sobre os preços de alimentos e o nível de atividade da economia reforçam as expectativas.

O Depósito Interfinanceiro mais negociado, de janeiro de 2012, subia 4 pontos-base às 11h25, para 12,33 por cento. O vencimento de janeiro de 2013 subia 5 pontos, para 12,59 por cento.

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O provável efeito das chuvas sobre a inflação levou alguns operadores a considerar a possibilidade de o Banco Central elevar a taxa básica em 0,75 ponto percentual em março ou até mesmo já na reunião da próxima semana do Comitê de Política Monetária, disse Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil SA. “Tem gente flertando” com um aumento maior, disse Souza Leal em entrevista por telefone de São Paulo.

Segundo o economista, antes mesmo das chuvas as coletas de preços recebidas pelos bancos já mostravam uma inflação mais pressionada. Para ele, é possível que a próxima pesquisa Focus do BC revele uma elevação da estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo para cerca de 0,7 por cento.

As expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto também devem aumentar após os últimos indicadores de atividade divulgados, disse Souza Leal. “O IPC-Br mostrou que o ano passado terminou com crescimento maior do que se vinha falando”, disse ele, numa referência ao Índice de Atividade Econômica do BC.

As chuvas que atingiram Rio de Janeiro e São Paulo podem continuar nas próximas semanas “em menor intensidade e de forma contínua´´, segundo Luiz Cavalcanti, chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet.

No mercado de câmbio, o dólar sobe pela primeira vez em quatro dias após o Banco Central ter anunciado leilão de contratos de swap cambial reverso. A moeda se valorizava 0,8 por cento, a R$ 1,6863.

Para Souza Leal, a valorização da moeda mostra que “o câmbio pode ajudar menos” no combate à inflação. “Esta é a medida que o mercado considerava mais efetiva” para conter a alta do real, disse ele.

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