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Juros: 10,25%; 14 mi de desempregados…

Juros: 10,25% O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu pela sexta vez consecutiva a taxa básica de juro do país, de 11,25% para 10,25%. Os juros chegaram ao menor patamar dos últimos três anos e meio. A previsão é que o corte se mantenha nas próximas reuniões do Copom e que a […]

COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA: pela sexta vez consecutiva, o Copom reduziu a taxa básica de juros no país / Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2017 às 18h51.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h59.

Juros: 10,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu pela sexta vez consecutiva a taxa básica de juro do país, de 11,25% para 10,25%. Os juros chegaram ao menor patamar dos últimos três anos e meio. A previsão é que o corte se mantenha nas próximas reuniões do Copom e que a taxa encerre o ano em cerca de 8,5%. Apesar do corte de 1 ponto nessa reunião, o Copom sinalizou que pode diminuir o ritmo nas próximas reuniões, ante o agravamento da crise política no país. “Em função do cenário básico e do atual balanço de riscos, o Copom entende que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado hoje deve se mostrar adequada em sua próxima reunião”, informou o Banco Central. Com a redução de hoje, o Brasil deixa de ser o país com os maiores juros reais do mundo, passando o posto para a Rússia.

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Desemprego sobe

O último resultado da pesquisa Pnad-Contínua, principal medidor empregatício no país, apontou que a fila do desemprego aumentou para 14,048 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril. O resultado mostra 2,6 milhões de pessoas a mais em busca de trabalho do que no mesmo período do ano passado, um aumento de 23,1%. Na mesma faixa temporal, o número total de ocupados caiu 1,5%, o equivalente a 1,395 milhão de postos fechados. A taxa de desemprego no país já chega a 13,6%. O número só não foi maior porque cerca de 556.000 pessoas migraram para a inatividade no último ano, ou seja, não estão procurando emprego. Analistas estimam que o cenário só melhorará a partir do segundo semestre.

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Bolsa em maio: -4%

No último dia do mês, a bolsa fechou em queda de 1,96%, com 62.711 pontos. Apenas cinco ações tiveram alta nesta quarta-feira, e o pregão foi marcado pela queda nos preços do minério de ferro. Os contratos futuros da commodity fecharam em queda de 5,23% na China, impactando diretamente nas ações da mineradora Vale, que caíram 4,33% nos papéis preferenciais e 4,69% nos ordinários, o pior desempenho do dia. As ações das siderúrgicas também caíram, com as da CSN recuando 4,18%. Maio foi um mês e tanto para o Ibovespa, com direito à interrupção das negociações, o chamado circuit breaker, algo que não acontecia desde 2008. No mês, o índice caiu 4,12% devido à crise política no governo de Michel Temer.

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Petro em queda

As ações da Petrobras tiveram forte queda nesta quarta-feira e ajudaram a impactar a baixa do Ibovespa. A empresa teve desempenho negativo com o recuo nos preços do barril de petróleo, cujo contrato do tipo WTI fechou em queda de 2,7%, por 48,25 dólares. Os papéis da Petrobras caíram 2,25% nos preferenciais e 3,03% nos ordinários. Apesar disso, o banco Morgan Stanley destacou a petroleira como uma “top pick” do banco, em razão dos esforços da administração e da resiliência da empresa no cenário atual. O banco também atribuiu como ponto positivo a decisão favorável da Justiça para a venda da filial Liquigás pelo valor de 2,8 bilhões de reais.

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Desconto no dinheiro

O Senado aprovou no final da tarde uma permissão para que comerciantes possam diferenciar preços mediante diferentes tipos de pagamento, como dinheiro ou cartão de crédito ou débito. A matéria vai para sanção presidencial. Apesar de proibida em lei, a prática já era adotada por muitos comerciantes, que ofereciam descontos para quem pagasse em dinheiro. Com a diferenciação na cobrança, eles buscavam evitar as taxas cobradas pelos cartões e a demora para receber o pagamento. A proposta não obriga a diferenciação de preços, somente oferece essa possibilidade ao comércio.

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Pouco competitivo

O Brasil é um dos países menos competitivos do mundo, apontou um ranking da escola de negócios IMD, da Suíça, que mostrou que o país só está à frente de Mongólia e Venezuela. Ficamos na 61ª posição entre 63 países, atrás de Índia, Turquia, Bulgária, Grécia e Argentina. O Brasil caiu quatro posições em relação ao ranking do ano passado e 23 em relação à melhor posição brasileira, o 38º lugar. O Brasil obteve 55.829 pontos no índice agregado. Foi um avanço de 4.153 pontos em relação a 2016, mas insuficiente para gerar avanços no ranking geral, já que a competitividade de outros países avançou muito mais do que a nossa.

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