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Juro futuro fecha em alta sob impulso de IPCA-15

O DI para janeiro de 2014 (752.260 contratos) projetou taxa máxima de 7,83%, ante 7,67% na véspera

Moedas de Real (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

As taxas futuras de juros passaram esta sexta-feira em alta, em reação ao IPCA-15 de fevereiro acima da mediana das estimativas. O avanço ganhou ainda mais fôlego à tarde, mesmo com o resultado fraco do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em janeiro. Segundo profissionais da área de renda fixa, os investidores seguem mais preocupados com os índices de preços e começam a visualizar o pior cenário possível: inflação sem crescimento. O avanço dos juros no fim do dia foi maximizado, ainda, por um movimento técnico de zeragem de posições.

Ao término da negociação normal na BM&F, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 (537.500 contratos) encerrou em 7,32%, ante 7,18% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (752.260 contratos) projetou taxa máxima de 7,83%, ante 7,67% na véspera. O contrato com vencimento em janeiro de 2015 (411.745 contratos) fechou em 8,51%, de 8,36% na quinta-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI com vencimento em janeiro de 2017 (132.995 contratos) marcou taxa de 9,20%, de 9,12% na véspera; e o DI para janeiro de 2021 (19.970 contratos) apontou 9,67%, de 9,65%.

"Começa a se consolidar o cenário de elevação do juro básico em abril. Acho que o comunicado e a ata da próxima reunião já devem ter um tom diferente dos anteriores, preparando o terreno para a subida da Selic", avaliou o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. "No fim da tarde, pesou ainda um movimento técnico. A alta das taxas gerou ordens de stop loss que maximizaram o avanço", relatou um operador.

A alta de 0,68% do IPCA-15 de fevereiro ficou abaixo de 0,88% em janeiro do mesmo indicador e de 0,86% medido pelo índice cheio do mês passado. No entanto, o dado superou a mediana das estimativas calculada pelo AE Projeções, de 0,61%. "Os alimentos não desaceleraram o quanto se esperava", ressaltou o economista da LCA, Antonio Madeira, que estimava 0,64% para o IPCA-15 deste mês e, após a divulgação, revisou para cima a projeção para a inflação oficial no fechamento do mês, para 0,5%. A taxa do grupo Alimentação e Bebidas passou de 1,45% em janeiro para 1,74% em fevereiro, com contribuição de 0,42 ponto porcentual no resultado do indicador.

À tarde, o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que o saldo líquido de criação de postos formais em janeiro foi de 28.900, número abaixo do piso das estimativas (30.000 a 102.400 vagas). Ainda no que diz respeito à atividade econômica, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a atividade industrial ficou em 48,6 pontos no mês passado, ante 41,2 pontos em dezembro de 2012. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria brasileira permaneceu em janeiro no patamar dos 70% vistos em dezembro do ano passado.

No exterior, após as perdas consideráveis dos últimos dois dias, o otimismo voltou à tona com indicadores positivos da Alemanha. Nos Estados Unidos, balanços corporativos de empresas importantes como AIG e Hewlett-Packard animaram os investidores.

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As taxas futuras de juros passaram esta sexta-feira em alta, em reação ao IPCA-15 de fevereiro acima da mediana das estimativas. O avanço ganhou ainda mais fôlego à tarde, mesmo com o resultado fraco do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em janeiro. Segundo profissionais da área de renda fixa, os investidores seguem mais preocupados com os índices de preços e começam a visualizar o pior cenário possível: inflação sem crescimento. O avanço dos juros no fim do dia foi maximizado, ainda, por um movimento técnico de zeragem de posições.

Ao término da negociação normal na BM&F, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 (537.500 contratos) encerrou em 7,32%, ante 7,18% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (752.260 contratos) projetou taxa máxima de 7,83%, ante 7,67% na véspera. O contrato com vencimento em janeiro de 2015 (411.745 contratos) fechou em 8,51%, de 8,36% na quinta-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI com vencimento em janeiro de 2017 (132.995 contratos) marcou taxa de 9,20%, de 9,12% na véspera; e o DI para janeiro de 2021 (19.970 contratos) apontou 9,67%, de 9,65%.

"Começa a se consolidar o cenário de elevação do juro básico em abril. Acho que o comunicado e a ata da próxima reunião já devem ter um tom diferente dos anteriores, preparando o terreno para a subida da Selic", avaliou o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. "No fim da tarde, pesou ainda um movimento técnico. A alta das taxas gerou ordens de stop loss que maximizaram o avanço", relatou um operador.

A alta de 0,68% do IPCA-15 de fevereiro ficou abaixo de 0,88% em janeiro do mesmo indicador e de 0,86% medido pelo índice cheio do mês passado. No entanto, o dado superou a mediana das estimativas calculada pelo AE Projeções, de 0,61%. "Os alimentos não desaceleraram o quanto se esperava", ressaltou o economista da LCA, Antonio Madeira, que estimava 0,64% para o IPCA-15 deste mês e, após a divulgação, revisou para cima a projeção para a inflação oficial no fechamento do mês, para 0,5%. A taxa do grupo Alimentação e Bebidas passou de 1,45% em janeiro para 1,74% em fevereiro, com contribuição de 0,42 ponto porcentual no resultado do indicador.

À tarde, o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que o saldo líquido de criação de postos formais em janeiro foi de 28.900, número abaixo do piso das estimativas (30.000 a 102.400 vagas). Ainda no que diz respeito à atividade econômica, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a atividade industrial ficou em 48,6 pontos no mês passado, ante 41,2 pontos em dezembro de 2012. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria brasileira permaneceu em janeiro no patamar dos 70% vistos em dezembro do ano passado.

No exterior, após as perdas consideráveis dos últimos dois dias, o otimismo voltou à tona com indicadores positivos da Alemanha. Nos Estados Unidos, balanços corporativos de empresas importantes como AIG e Hewlett-Packard animaram os investidores.

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