JURO-DIs sobem com incertezas sobre tributação e inflação forte
SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - As projeções de juros operavam em alta nesta quinta-feira, dando continuidade a uma tendência recente em meio a incertezas sobre o próximo governo e a dados fortes de preços. Às 10h33, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 11,56 por cento, contra 11,52 por cento […]
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2010 às 09h39.
SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - As projeções de juros
operavam em alta nesta quinta-feira, dando continuidade a uma
tendência recente em meio a incertezas sobre o próximo governo
e a dados fortes de preços.
Às 10h33, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI)
janeiro de 2012 projetava 11,56 por cento, contra
11,52 por cento no ajuste da véspera.
O DI janeiro de 2013 estava em 11,95 ante 11,90
por cento.
"Há uma percepção negativa por parte dos gastos públicos...
não há muita definição sobre o próximo governo, há muita
informação desencontrada. Há também a questão de (uma eventual)
nova tributação, porque estamos vendo alguns países fazendo
isso e isso levanta preocupações sobre se aqui haverá aumento
de IOF ou volta da CMFP", disse Flávio Serrano, economista
sênior do Espírito Santo Investment Bank.
Nesta manhã, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo,
disse que o governo ainda está trabalhando no Orçamento de 2011
e que tentará não adotar aumentos significativos de gastos.
"Não temos um pacote de medidas fiscais a ser adotado. Nós
estamos trabalhando para aprovar o Orçamento para 2011... Ao
mesmo tempo, nós estamos interagindo com o Congresso Nacional
para evitar que sejam aprovados projetos que signifiquem
aumento de gastos, principalmente de grande montante",
afirmou.
Serrano acrescentou que "tivemos números de inflação
recente em aceleração e nosso acompanhamento diário vem
mostrando alta dos preços também".
Nesta semana, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade
Interna (IGP-DI) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) vieram acima do esperado.
Em entrevista coletiva nesta manhã, o presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles, disse que "não há dúvida de que há
uma pressão de alimentos e o BC está monitorando
cuidadosamente".
Segundo Meirelles, "o BC está preparado para tomar medidas
adequadas. O BC tem um compromisso com a meta de inflação".
O mercado acredita que a Selic ficará estável até o fim
deste ano, mas está dividido sobre o que acontecerá a partir de
2011, com uma parte prevendo continuidade da estabilidade, mas
outra trabalhando com aumentos.
(Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Alexandre
Caverni)
SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - As projeções de juros
operavam em alta nesta quinta-feira, dando continuidade a uma
tendência recente em meio a incertezas sobre o próximo governo
e a dados fortes de preços.
Às 10h33, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI)
janeiro de 2012 projetava 11,56 por cento, contra
11,52 por cento no ajuste da véspera.
O DI janeiro de 2013 estava em 11,95 ante 11,90
por cento.
"Há uma percepção negativa por parte dos gastos públicos...
não há muita definição sobre o próximo governo, há muita
informação desencontrada. Há também a questão de (uma eventual)
nova tributação, porque estamos vendo alguns países fazendo
isso e isso levanta preocupações sobre se aqui haverá aumento
de IOF ou volta da CMFP", disse Flávio Serrano, economista
sênior do Espírito Santo Investment Bank.
Nesta manhã, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo,
disse que o governo ainda está trabalhando no Orçamento de 2011
e que tentará não adotar aumentos significativos de gastos.
"Não temos um pacote de medidas fiscais a ser adotado. Nós
estamos trabalhando para aprovar o Orçamento para 2011... Ao
mesmo tempo, nós estamos interagindo com o Congresso Nacional
para evitar que sejam aprovados projetos que signifiquem
aumento de gastos, principalmente de grande montante",
afirmou.
Serrano acrescentou que "tivemos números de inflação
recente em aceleração e nosso acompanhamento diário vem
mostrando alta dos preços também".
Nesta semana, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade
Interna (IGP-DI) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) vieram acima do esperado.
Em entrevista coletiva nesta manhã, o presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles, disse que "não há dúvida de que há
uma pressão de alimentos e o BC está monitorando
cuidadosamente".
Segundo Meirelles, "o BC está preparado para tomar medidas
adequadas. O BC tem um compromisso com a meta de inflação".
O mercado acredita que a Selic ficará estável até o fim
deste ano, mas está dividido sobre o que acontecerá a partir de
2011, com uma parte prevendo continuidade da estabilidade, mas
outra trabalhando com aumentos.
(Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Alexandre
Caverni)