JBS desmente manipulação do mercado financeiro em abril
Por meio de um comunicado, a empresa disse que o termo "ordem de compra" refere-se a um jargão técnico habitualmente utilizado no mercado financeiro
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de setembro de 2017 às 11h16.
São Paulo - A JBS informou, por meio de comunicado que, em relação ao noticiário sobre a ordem de compra de ações, o termo "ordem de compra" refere-se a um jargão técnico habitualmente utilizado no mercado financeiro.
"É errado, portanto, concluir que ordem de compra de ações esteja relacionada a uma ação mandatória", afirma a empresa.
A JBS esclareceu, ainda, que "a solicitação da área jurídica ocorreu em 24/04 em função da Assembleia Geral de Acionistas, agendada para 28/04, em que se fazia necessária a posição exata de ações em circulação no mercado e em tesouraria da Companhia para fins de cálculo de distribuição de dividendos".
Segundo a Polícia Federal, mensagens de WhatsApp que estavam no celular de Wesley Batista indicam que partiram do próprio empresário as ordens para compra de dólares no mercado futuro.
As conversas pelo aplicativo compõem as provas apresentadas para sustentar que o presidente da JBS, valendo-se de informação privilegiada, lucrou indevidamente nos mercados de câmbio e de ações.
A PF também recuperou um e-mail que confirmaria ter vindo de Wesley Batista a ordem para comprar R$ 50 milhões de ações da JBS no mercado. A mensagem foi enviada por Felipe Bianchi no 24 de abril, dia em que a JBS iniciou a recompra de ações da empresa no mercado.