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JBS +9%; Bolsa -1,6%

JBS em destaque, de novo O destaque do dia na bolsa ficou mais uma vez com a companhia de alimentos JBS. Dessa vez, as ações subiram 9% e tiveram a maior valorização do dia no Ibovespa. O volume financeiro da empresa voltou a chamar a atenção. Foram negociados 482 milhões de reais — o quarto […]

AÇÕES DA JBS: papéis iniciaram o dia com perdas de mais de 10%, mas começaram a subir no início da tarde / Trading View
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2017 às 18h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.

JBS em destaque, de novo

O destaque do dia na bolsa ficou mais uma vez com a companhia de alimentos JBS. Dessa vez, as ações subiram 9% e tiveram a maior valorização do dia no Ibovespa. O volume financeiro da empresa voltou a chamar a atenção. Foram negociados 482 milhões de reais — o quarto maior volume do Ibovespa. Para analistas, a alta é explicada pela recompra de ações que a companhia vem fazendo para evitar uma queda brusca dos papéis. Nesta terça-feira, os papéis chegaram a cair mais de 10% e entraram em leilão duas vezes no início das negociações. A companhia já havia iniciado um plano de recompra de ações em fevereiro com um prazo de 18 meses. Pouco após o fechamento do pregão, a agência de notícias Reuters publicou uma notícia em que afirma que a JBS e a família controladora da empresa contrataram o Bradesco BBI para trabalhar em um plano para a venda de vários ativos após o escândalo das delações. Apesar da valorização, as ações ainda acumulam perdas de 35,97% neste mês.

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Bolsa: dia de alta

O Ibovespa subiu 1,6% nesta terça-feira, recuperando o patamar de 62.600 pontos. O índice ganhou força com a tentativa do governo de dar andamento à agenda econômica apesar da crise política. Apenas três das 59 ações do índice fecharam o dia em queda: Embraer (-1,73%), Suzano Papel (-0,93%) e Marfrig (-0,91%). Destaque positivo para ações da companhia de energia Eletrobras: os papéis ordinários subiram 5,6%, e os preferenciais, 4,8%, após a empresa anunciar o lançamento de um plano de aposentadoria voluntária para até 4.607 empregados, incluindo holding e subsidiárias. Além disso, o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., disse que a empresa continuará trabalhando em seus planos de privatizar subsidiárias e vender ativos para reduzir dívidas, mesmo com o agravamento da crise política no Brasil.

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Empresas da J&F monitoradas

O Banco Central designou um auditor para acompanhar internamente as atividades do Banco Original. O banco faz parte do grupo J&F, o mesmo da JBS. Segundo a agência de notícias Reuters, a função do auditor será organizar o atendimento e respostas às demandas referentes ao banco recebidas pelo BC do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU), após escândalo envolvendo o grupo JBS. Em nota, o Original afirmou que “o caixa da instituição é robusto, a administração de ativos e passivos é confortável e segue uma gestão conservadora”. A agência de classificação de risco Fitch divulgou comunicado afirmando que o Original tem conseguido evitar que seus negócios sejam afetados pela crise política. Já a fabricante de celulose Eldorado, também da J&F, teve o rating cortado pela Fitch. Na segunda-feira, a Moody’s rebaixou as notas de crédito da JBS e da JBS USA.

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Parente fica na Petro

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, reconheceu, em carta enviada aos funcionários da estatal, que o país vive um momento de “instabilidade política”. Mesmo assim, Parente disse que pretende permanecer no comando da empresa até o fim de seu mandato, em abril de 2019. “Especulações sobre minha saída da empresa para qualquer outro cargo não são por mim autorizadas, não foram por mim estimuladas e não representam a minha vontade”, afirmou o executivo. Nesta terça, a estatal anunciou uma operação de alongamento de dívida com o Citibank. A companhia pagou 500 milhões de dólares que venceriam em 2017 e 2018 e tomou outro empréstimo, no mesmo valor, com vencimento em 2022. A operação faz parte de um esforço para empurrar para a frente os vencimentos de dívidas, que estão muito concentrados no final da década.

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Apesar de tudo, o Brasil atraiu dólar

Apesar do caos econômico, o Brasil teve um saldo positivo de 3,4 bilhões de dólares no fluxo cambial na quinta e sexta-feira passadas. Segundo dados do Banco Central, na quinta a entrada de dólares superou a saída em 2,3 bilhões, e na sexta, em 1,1 bilhão de dólares. “É muito difícil definir o que está acontecendo em um dia no mercado de câmbio. Há muitos participantes com interesses opostos. Houve alta na taxa de câmbio, o que pode ser favorável para o exportador, que decide internalizar recursos”, diz Fernando Rocha, chefe adjunto do Departamento Econômico do BC. No acumulado do mês até o dia 19, o país teve um superávit de 486 milhões de dólares.

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