Itaú Unibanco ganha relevância no Ibovespa
Em um ano encerrado em 28 de novembro, o valor do mercado do Itaú Unibanco cresceu cerca de 45%, para mais de R$ 199 bilhões
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2014 às 09h31.
São Paulo - As ações do Itaú Unibanco, que aumentaram seu peso no Ibovespa conforme prévia da bolsa divulgada esta semana, devem continuar galgando maior relevância no indicador, enquanto na outra ponta Petrobras e Vale, que durante os últimos anos foram as vedetes do mercado, diminuem a participação, segundo especialistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O gatilho para ambos os movimentos, citam eles, é o valor de mercado das empresas, componente que passou a ser considerado na nova metodologia do índice adotada este ano.
O Itaú assumiu o maior peso do Ibovespa em maio última e manteve tal posto na primeira prévia da carteira que vigorará de 5 de janeiro a 30 de abril. A ação PN passou de 9,980%, na carteira vigente, para 11,091%. Em um ano encerrado em 28/11, o valor do mercado do banco cresceu cerca de 45%, para mais de R$ 199 bilhões, conforme dados do Broadcast.
Não só o Itaú, mas o setor financeiro como um todo pode se valer da percepção do mercado sobre as sinalizações dadas pela nova equipe econômica, de que a Selic tende a ficar alta por um período suficiente para que a inflação convirja para o centro da meta em 2016. Com isso, o setor tenderia a ganhar ainda mais relevância no Ibovespa. De forma geral, o segmento - com a inclusão de BB Seguridade, holding que controla os negócios de seguros do BB, BM&FBovespa, Cetip, Cielo e Itaúsa - tem peso de 36,6% na primeira prévia da carteira divulgada. Na carteira de setembro a dezembro, a participação era de 34,3%.
"Os bancos estão aumentando seu valor de mercado enquanto os outros setores estão diminuindo. Além de essas instituições manterem resultados sólidos, a trajetória ascendente dos juros teoricamente os favorece, além de serem os agentes que melhor se protegem contra a inflação", diz um gestor que prefere não se identificar.
A tendência, segundo Bruno Gonçalves, da Alpes Corretora, é de que não só o Itaú Unibanco, mas também o Bradesco e os grandes bancos de modo geral tenham cada vez mais relevância no Ibovespa. Considerando a prévia desta segunda-feira, as quatro maiores instituições financeiras de capital aberto concentram 25,26% de participação no índice, contra 23,33% da carteira vigente.
Atrás do Itaú, que tem maior peso no Ibovespa, vem Bradesco PN, cuja participação passou de 7,640% para 8,599%, e a ON passou de 1,712% para 1,616%. O peso do Banco do Brasil ON, por sua vez, caiu de 2,676% para 2,634%, e das units do Santander de 1,318% de setembro a dezembro para 0,644%, segundo a prévia divulgada hoje.
Apesar do maior peso dos bancos no Ibovespa e a expectativa de que suas ações tenham ainda maior participação, a nova metodologia do índice deve impedir que ele fique extremamente dependente do comportamento desses papéis. Isso porque, conforme as regras, há um limite de participação por empresa no indicador. Gonçalves, da Alpes, lembra ainda que, conforme as regras implantadas em maio, além do valor de mercado pesa ainda o free float (negociabilidade) e a liquidez da companhia.
São Paulo - As ações do Itaú Unibanco, que aumentaram seu peso no Ibovespa conforme prévia da bolsa divulgada esta semana, devem continuar galgando maior relevância no indicador, enquanto na outra ponta Petrobras e Vale, que durante os últimos anos foram as vedetes do mercado, diminuem a participação, segundo especialistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O gatilho para ambos os movimentos, citam eles, é o valor de mercado das empresas, componente que passou a ser considerado na nova metodologia do índice adotada este ano.
O Itaú assumiu o maior peso do Ibovespa em maio última e manteve tal posto na primeira prévia da carteira que vigorará de 5 de janeiro a 30 de abril. A ação PN passou de 9,980%, na carteira vigente, para 11,091%. Em um ano encerrado em 28/11, o valor do mercado do banco cresceu cerca de 45%, para mais de R$ 199 bilhões, conforme dados do Broadcast.
Não só o Itaú, mas o setor financeiro como um todo pode se valer da percepção do mercado sobre as sinalizações dadas pela nova equipe econômica, de que a Selic tende a ficar alta por um período suficiente para que a inflação convirja para o centro da meta em 2016. Com isso, o setor tenderia a ganhar ainda mais relevância no Ibovespa. De forma geral, o segmento - com a inclusão de BB Seguridade, holding que controla os negócios de seguros do BB, BM&FBovespa, Cetip, Cielo e Itaúsa - tem peso de 36,6% na primeira prévia da carteira divulgada. Na carteira de setembro a dezembro, a participação era de 34,3%.
"Os bancos estão aumentando seu valor de mercado enquanto os outros setores estão diminuindo. Além de essas instituições manterem resultados sólidos, a trajetória ascendente dos juros teoricamente os favorece, além de serem os agentes que melhor se protegem contra a inflação", diz um gestor que prefere não se identificar.
A tendência, segundo Bruno Gonçalves, da Alpes Corretora, é de que não só o Itaú Unibanco, mas também o Bradesco e os grandes bancos de modo geral tenham cada vez mais relevância no Ibovespa. Considerando a prévia desta segunda-feira, as quatro maiores instituições financeiras de capital aberto concentram 25,26% de participação no índice, contra 23,33% da carteira vigente.
Atrás do Itaú, que tem maior peso no Ibovespa, vem Bradesco PN, cuja participação passou de 7,640% para 8,599%, e a ON passou de 1,712% para 1,616%. O peso do Banco do Brasil ON, por sua vez, caiu de 2,676% para 2,634%, e das units do Santander de 1,318% de setembro a dezembro para 0,644%, segundo a prévia divulgada hoje.
Apesar do maior peso dos bancos no Ibovespa e a expectativa de que suas ações tenham ainda maior participação, a nova metodologia do índice deve impedir que ele fique extremamente dependente do comportamento desses papéis. Isso porque, conforme as regras, há um limite de participação por empresa no indicador. Gonçalves, da Alpes, lembra ainda que, conforme as regras implantadas em maio, além do valor de mercado pesa ainda o free float (negociabilidade) e a liquidez da companhia.