Itaú BBA vê oportunidade para arriscar mais na bolsa
Esta é a hora certa de assumir uma posição de maior risco, dizem analistas
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 09h07.
São Paulo – A bolsa brasileira não está barata na comparação com outras importantes do mundo, mas este pode ser o momento para aumentar as apostas em ações de maior risco. A análise está em um relatório do banco Itaú BBA publicado nesta semana.
Após uma alta recente amparada na expectativa de novos estímulos econômicos por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do BC americano , o Ibovespa voltou a operar no terreno positivo em 2012.
“Em termos de múltiplos de igual ponderação e 12 meses adiante, a bolsa brasileira está sendo negociada a 13,5 vezes, muito perto do múltiplo de 13,7 vezes da bolsa dos Estados Unidos, apesar de oferecer uma perspectiva mais fraca para o crescimento dos lucros no curto prazo. Ainda assim, achamos que esta é a hora certa de assumir uma posição de beta mais elevado, mas mantendo a escolha cuidadosa de algumas empresas defensivas”, afirmam os analistas Carlos Constantini, Susana Salaru e Pedro Luz Maia.
Atraso nos estímulos
O beta de uma ação é a variação percentual de preços de um ativo em função da variação percentual de um índice. Ou seja, um valor elevado sugere que o papel tende a apresentar uma variação acima do índice, porém na mesma direção. Segundo os analistas, o estímulo governamental consistente, o fluxo de notícias positivo e os dados de fluxo de fundos sustentam a nova postura do banco.
“Os modelos estatísticos da nossa equipe macroeconômica, com base em experiências anteriores, sugerem que a recuperação já deveria estar a toda a velocidade. No entanto, os números estavam decepcionantes até bem pouco tempo atrás. Felizmente nossos economistas confiam em seus modelos e conceitos, insistindo que a recuperação estava prestes a acontecer”, ressaltam.
Para eles, apesar de a previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 ter baixado de 3,5% para 1,9%, a maior parte do atraso na reação aos estímulos já ficou para trás.
Recomendações
Os analistas anunciaram a redução da posição em ações que funcionam como aplicações de renda fixa de curto prazo, como Ambev ( AMBV4 ) e Ultrapar ( UGPA3 ), para acrescentar os papéis da Raia Drogasil . “Consideramos a RADL3 primariamente um investimento em consumo discricionário que não participou da recente recuperação das ações do setor”, explicam.
Além disso, o Itaú BBA recomenda a troca dos papéis da Telefônica ( VIVT3; VIVT4 ) pelos da Randon ( RAPT4 ). “Estamos reduzindo nossa exposição a Telecomunicação, diante da contínua pressão resultante de preocupações regulatórias que afetam o setor como um todo. Também aproveitamos a oportunidade para aumentar nossa exposição a um investimento com maior exposição à infraestrutura”, concluem.
Os outros papéis que fazem parte da carteira recomendada do banco são: Petrobras ( PETR4 ), BR Properties ( BRPR3 ), Bradesco ( BBDC4 ), Banco do Brasil ( BBAS3 ), CCR ( CCRO3 ), Mills ( MILS3 ), Vale ( VALE5 ) e Cemig ( CMIG4 ).
São Paulo – A bolsa brasileira não está barata na comparação com outras importantes do mundo, mas este pode ser o momento para aumentar as apostas em ações de maior risco. A análise está em um relatório do banco Itaú BBA publicado nesta semana.
Após uma alta recente amparada na expectativa de novos estímulos econômicos por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do BC americano , o Ibovespa voltou a operar no terreno positivo em 2012.
“Em termos de múltiplos de igual ponderação e 12 meses adiante, a bolsa brasileira está sendo negociada a 13,5 vezes, muito perto do múltiplo de 13,7 vezes da bolsa dos Estados Unidos, apesar de oferecer uma perspectiva mais fraca para o crescimento dos lucros no curto prazo. Ainda assim, achamos que esta é a hora certa de assumir uma posição de beta mais elevado, mas mantendo a escolha cuidadosa de algumas empresas defensivas”, afirmam os analistas Carlos Constantini, Susana Salaru e Pedro Luz Maia.
Atraso nos estímulos
O beta de uma ação é a variação percentual de preços de um ativo em função da variação percentual de um índice. Ou seja, um valor elevado sugere que o papel tende a apresentar uma variação acima do índice, porém na mesma direção. Segundo os analistas, o estímulo governamental consistente, o fluxo de notícias positivo e os dados de fluxo de fundos sustentam a nova postura do banco.
“Os modelos estatísticos da nossa equipe macroeconômica, com base em experiências anteriores, sugerem que a recuperação já deveria estar a toda a velocidade. No entanto, os números estavam decepcionantes até bem pouco tempo atrás. Felizmente nossos economistas confiam em seus modelos e conceitos, insistindo que a recuperação estava prestes a acontecer”, ressaltam.
Para eles, apesar de a previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 ter baixado de 3,5% para 1,9%, a maior parte do atraso na reação aos estímulos já ficou para trás.
Recomendações
Os analistas anunciaram a redução da posição em ações que funcionam como aplicações de renda fixa de curto prazo, como Ambev ( AMBV4 ) e Ultrapar ( UGPA3 ), para acrescentar os papéis da Raia Drogasil . “Consideramos a RADL3 primariamente um investimento em consumo discricionário que não participou da recente recuperação das ações do setor”, explicam.
Além disso, o Itaú BBA recomenda a troca dos papéis da Telefônica ( VIVT3; VIVT4 ) pelos da Randon ( RAPT4 ). “Estamos reduzindo nossa exposição a Telecomunicação, diante da contínua pressão resultante de preocupações regulatórias que afetam o setor como um todo. Também aproveitamos a oportunidade para aumentar nossa exposição a um investimento com maior exposição à infraestrutura”, concluem.
Os outros papéis que fazem parte da carteira recomendada do banco são: Petrobras ( PETR4 ), BR Properties ( BRPR3 ), Bradesco ( BBDC4 ), Banco do Brasil ( BBAS3 ), CCR ( CCRO3 ), Mills ( MILS3 ), Vale ( VALE5 ) e Cemig ( CMIG4 ).